Vai a júri popular o soldado Carlos Eduardo Nunes Pereira, da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), acusado de matar a tiros a ex-mulher, Bruna Lícia Fonseca Pereira, de 23 anos, e o homem que estava com ela, José Wilian dos Santos Silva, de 24 anos. O crime aconteceu no dia 25 de janeiro de 2020, em um apartamento, no bairro Vicente Fialho, em São Luís.
Além de designar a sessão tribunal do júri, que vai ocorrer no dia 28 de abril, no Fórum Des. Sarney Costa, em São Luís, o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior, da 3ª Vara do Tribunal do Júri, em decisão, também manteve a prisão preventiva do militar.
“Analisando os autos, em cumprimento ao disposto no parágrafo único do artigo 316 do CPP, de ofício, faço o reexame da necessidade da manutenção da prisão preventiva do acusado CARLOS EDUARDO NUNES PEREIRA, vislumbrando que não ocorreu nenhuma mudança fática apta a modificar o entendimento deste Juízo quanto à necessidade da prisão do réu, permanecendo inalterados o fumus comissi delicti e o periculum libertatis fundamentados na decisão que decretou a prisão cautelar dele e nas demais decisões que a mantiveram, devendo permanecer preso, preventivamente, para a garantia da ordem pública e, principalmente, a aplicação de lei penal, nos termos dos artigos 312 e 313, ambos do CPP”, diz o magistrado na decisão.
Em junho de 2021, o militar foi reintegrado ao efetivo da PMMA por meio de liminar judicial, em caráter provisório, assinada juiz Nelson de Moraes Rego, da Auditoria da Justiça Militar.
Relembre o caso
Um militar identificado como Carlos Eduardo foi preso após matar a própria esposa e um homem, que seria amante dela, no Condomínio Pacífico I, no bairro Vicente Fialho, em São Luís.
Segundo a testemunhas, Carlos Eduardo teria chegado mais cedo em casa e flagrado a esposa, identificada como Bruna Lícia, junto com o rapaz José Wilian. Irritado, o militar teria efetuado sete disparos contra os dois, que morreram na hora.
Após o crime, Carlos Eduardo teria entregado a arma para o tio, que é sargento da polícia, e foi levado para a Superintendência Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).