Em liberdade desde 1º de agosto por força de um habeas corpus, Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, enfrenta nesta quinta-feira a primeira audiência na Justiça, onde responde à acusação de mandar matar o próprio filho, o empresário José Fernandes dos Santos, 52, em novembro de 2011, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.
Apontado como um dos executores de José ? que teria sido contratado pela mãe da vítima por R$ 20 mil para fazer o serviço ?, Isaque Paula de Moraes, 22, teve habeas corpus pedido ontem, amparado na decisão da 6º Câmara Criminal de Duque de Caxias, que beneficiou Maria Selma.
?Minha cliente nega a acusação e a Justiça entendeu que ela tem o direito de responder em liberdade?, avaliou o advogado da acusada Thiago Lins e Silva, que conseguiu a liberdade provisória.
A viúva de José Fernandes, Vânia Santos, foi procurada, mas não quis comentar a liberdade da ex-sogra. Confirmou, entretanto, que sabe do benefício e que estará presente na audiência de hoje.
Além de Isaque, também está presa a diarista Maria José da Silva Dias Irmã, de 42 anos. Ela confessou ter contratado o matador a mando da patroa Maria Selma.
José Fernandes foi assassinado a tiros quando saía da casa da mãe por dois homens em uma moto. Outro suspeito do crime ainda é procurado pela polícia. Segundo as investigações, Maria Selma queria se livrar do filho para administrar os bens da família.
Escutas telefônicas mostraram que Maria se referia ao filho como ?Saddam Hussein". O avô de José Fernandes foi prefeito de Caxias duas vezes e a família tem um cartório na cidade.