STF começa a interrogar réus pela morte de Marielle Franco: o 1º é Chiquinho Brazão

O primeiro a ser interrogado é Chiquinho Brazão, um dos apontados como mandante do crime. Será uma semana de interrogatórios, um dos últimos passos para o julgamento.

Montagem mostra um dos acusados, o deputado federal Chiquinho Brazão, e a vítima Marielle Franco | FOTO: Reprodução
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O Supremo Tribunal Federal (STF) interroga o deputado federal Chiquinho Brazão ao longo da tarde desta segunda-feira (21), por meio de videoconferência. A sessão de Chiquinho é a primeira das cinco que serão feitas nesta semana com os réus do caso Marielle Franco e Anderson Gomes.

SAIBA OS DESTAQUES DO DEPOIMENTO DO RÉU

  • A audiência prevista para começar às 13h começou com 48 minutos de atraso. 
  • Ao falar sobre seus irmãos e sua história de vida, o deputado Chiquinho Brazão derramou lágrimas. 
  • Vinte minutos depois chorou novamente ao falar dos passeios de domingo com os netos.

  • No minuto seguinte, o deputado federal falou que Marielle era uma pessoa muito amável: "Fizeram uma maldade muito grande com ela. Marielle sempre foi minha amiga. Era uma vereadora muito amável e com quem a gente tinha uma boa relação. Ela (Marielle) sempre foi muito respeitosa e carinhosa", disse Chiquinho Brazão.

  • Chiquinho garantiu que não conhece Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle.
  • O réu afirmou que se encontrou apenas quatro vezes com Edmilson Oliveira da Silva, o Macalé. Segundo a PF, Macalé foi o responsável por levar a "encomenda" pelo assassinato de Marielle a Lessa. Macalé foi assassinado em novembro de 2021, em Bangu.

COMO ACONTECE O INTERROGATÓRIO?

O réu, no caso Chiquinho Brazão, tem tempo livre para falar sobre o caso. Depois, ele responderá a perguntas da acusação e até do próprio desembargador. Em seguida, responde a perguntas das defesas dos outros réus e a questões de seu advogado. Por fim, o desembargador Airton Vieira conclui fazendo perguntas caso entenda necessário.

A sessão desta segunda-feira estava prevista para durar até as 19h, e a etapa encerra na sexta (25). Todas serão por videoconferência, já que os réus estão em presídios de segurança máxima.

O processo tem como relator Alexandre de Moraes, e os réus também serão julgados em um júri no Tribunal de Justiça do Rio. Veja a ordem dos interrogatórios:

  1. Segunda, dia 21/10 - Chiquinho Brazão
  2. Terça, 22/10 - Domingos Brazão
  3. Quarta, 23/10 - Robson Peixe
  4. Quinta, 24/10 - delegado Rivaldo Barbosa
  5. Sexta, 25/10 - Major Ronald

Os réus já tinham prestado depoimento após as prisões e apresentado defesa após as denúncias. Essa fase de interrogatório faz parte da instrução penal. 

Depois dessa semana, tanto as defesas quanto a acusação vão ter cinco dias para avaliar se vão pedir novas diligências. Caso não peçam, o processo entra na fase de alegações finais.

QUEM SÃO OS RÉUS?

São cinco os réus do processo no Supremo:

  • Domingos Brazão - Conselheiro do TCE do RJ é apontado como mandante da morte de Marielle.
  • Chiquinho Brazão - Deputado federal também responde como mandante junto com o irmão, Domingos.
  • Rivaldo Barbosa - Delegado da Polícia Civil do RJ é acusado de saber do crime antes de sua realização, em 14 de março de 2018, quando ocupava a direção da Divisão de Homicídios.
  • Ronald Paulo Pereira - Major da PM está preso por outro processo por envolvimento com a milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, onde teria praticado homicídios e ocultação de cadáver. No caso Marielle, o major Ronald é acusado de participar do homicídio ao monitorar os passos da vereadora.
  • Robson Calixto Fonseca, o Peixe - Policial militar. É acusado de integrar a organização criminosa que seria chefiada, de acordo com a denúncia da PGR, pelos irmãos Brazão. Segundo a denúncia, Peixe teria ajudado a desaparecer com a MP5, submetralhadora usada para matar Marielle.

Os réus já tinham prestado depoimento após as prisões e apresentado defesa após as denúncias. Essa fase de interrogatório faz parte da instrução penal. Depois dessa semana, tanto as defesas quanto a acusação vão ter cinco dias para avaliar se vão pedir novas diligências. Caso não peçam, o processo entra na fase de alegações finais.


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