O excesso de presos que gerou o início de uma rebelião na Central de Flagrantes na noite desta terça-feira, 12, recebeu uma avaliação do delegado geral, James Guerra, e do representante do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SIMPOLPI), Constantino Júnior, durante o programa Agora, da Rede Meio Norte nesta quarta feira, 13.
Ele considera que a situação é difícil por não ter como controlar a segurança. ?Os policiais civis têm razão quando dizem que não há condições de segurança, os presos têm razão, a Delegacia Geral também tem razão quando diz que a presença dos presos atrapalha o trabalho da polícia e tem razão o secretário de Segurança quando diz que há uma situação de risco. Nós ficamos numa situação muito difícil porque não conseguimos controlar a segurança, nós não temos detector de metal.?
O delegado afirma que há ameaças de presos que podem praticar homicídios caso persista a superlotação. Segundo James Guerra, o excesso de detentos já é do conhecimento da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público, das Comissões dos Direitos Humanos, da Secretaria de Justiça e do Tribunal de Justiça do Piauí. ?Nós estamos ficando em uma situação mais crítica. O que falta é uma providência administrativa?, conclui.
O representante do Sindicato dos Policiais Civis, Constantino Júnior, ratifica ao considerar gravíssima a situação. Segundo ele, uma das razões está no reduzido número de policiais civis plantonistas. ?A gente faz aqui uma exigência à Delegacia Geral que aumente o número de policiais plantonistas nas unidades policiais que ainda estão fazendo a custódia de presos.?
Durante o início da rebelião desta terça-feira, o Rone e o Ronda Cidadão foram acionados para conter os presos. Um buraco utilizado para a fuga foi encontrado em uma das celas. A alegação dos detentos é que está insuportável a convivência nas celas com excesso de presos.