A defesa de Célia Forti, acusada de ajudar o genro a matar a própria filha, entrou com um pedido na Justiça de Apucarana, cidade do Paraná, para ver a neta. Desde que foi presa, em maio deste ano, ela ainda não recebeu a visita da criança. A menina é filha de Jéssica Carline Ananias da Costa, morta com mais de 25 facadas, no dia 9 de maio.
Segundo o advogado José Teodoro Alvez, não houve acordo com a família paterna da garota, com quem ela está desde a morte da mãe. O pai, acusado do crime, também está preso. A Justiça deve se pronunciar sobre o caso nos próximos dias.
O Conselho Tutelar analisou que a menina deveria ficar com os avós paternos após a morte da mãe e a prisão do pai, mas a decisão não é definitiva. As visitas deverão ser definidas pela Vara da Família. Célia recebe apenas a visita do marido e do filho uma vez por semana, aos domingos.
Segundo a polícia, o marido tinha a intenção de simular um latrocínio, roubo seguido de morte. As investigações revelam que a sogra ficou com a neta e dois homens foram chamados para levar o carro do casal, como em um assalto. Os dois envolvidos também foram presos.
Segundo o delegado, ficou evidente a participação da sogra no crime, porque os dois passaram a tarde em um motel e ela cuidou da criança para o genro cometer o crime.
A Justiça aceitou denúncia contra quatro pessoas acusadas de participação na morte da jovem. De acordo com a 2ª Vara Criminal da cidade, três envolvidos foram acusados de homicídio qualificado. Um quarto homem responderá por fraude processual, por ter ocultado provas do crime. Ainda não há previsão da data de julgamento.