Suspeita de matar jovem queimada de 23 anos é presa ao receber alta

Com a prisão temporária (por 30 dias) decretada, ela foi encaminhada para a Delegacia de Senador Canedo

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A Polícia Civil prendeu, na noite desta quinta-feira (31), a jovem de 20 anos suspeita de matar a estudante Mikaelly Moreira Nunes, de 23 anos, e ferir o namorado dela, de 33 anos. De acordo com as investigações, ela teria ateado fogo no casal por ciúmes. A garota, que também sofreu queimaduras, acabou detida ao receber alta em um hospital no Setor Jardim América, em Goiânia.

Com a prisão temporária (por 30 dias) decretada, ela foi encaminhada para a Delegacia de Senador Canedo, responsável pelo caso. O delegado Thiago de Castro espera ouvir a jovem para indiciá-la por homicídio e tentativa de homicídio.

Testemunhas afirmam que a suspeita jogou álcool e ateou fogo no casal de namorados em uma chácara em Caldazinha, a 22 quilômetros de Goiânia. De acordo com familiares da vítima, ela teria interesse no rapaz, mas não era correspondida.

Defesa

Ao procurar a polícia, o advogado da suspeita disse que a jovem alega ter cometido o crime para se defender. ?Ela contou que teria sido agredido por Mikaelly e revidou?, relatou o delegado.

Mikaelly morreu na quarta-feira (30), após ficar internada durante quatro dias no Hospital Geral de Goiânia (HGG). Ela teve queimaduras de 2º e 3º graus em 75% do corpo. O sepultamento da estudante aconteceu na manhã desta quinta-feira, em Guapó, cidade onde morava.

Também atingido, o namorado, de 33 anos, teve 50% do corpo queimado e está internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia. Seu estado de saúde é estável.

Mochila

Em entrevista, o delegado Thiago de Castro Teixeira disse que na tarde de sábado (26) o casal estava na chácara do tio da vítima, juntamente com familiares, quando a suspeita chegou. "Ela ligou para o namorado, filho do dono da chácara e primo da Mikaelly, perguntou quem estava no local e pediu para ele ir buscá-la", conta o delegado.

Testemunhas informaram ao delegado que a suspeita chegou ao local com uma mochila. Ela teria entrado na casa, colocado álcool em uma vasilha de sorvete, jogado sobre o casal e ateado fogo.

Dono da chácara onde o crime aconteceu e tio de Mikaelly, Almir Moreira dos Santos contou, em entrevista, que ela sempre costumava passar os fins de semana no local. Muito abatido, ele diz que a suspeita, diferente do que informou a polícia, não era namorada de seu filho. "Ela se infiltrou no meio da gente para poder fazer esse crime. Espero que ela pague pelo que fez", desabafa.

A família de Mikaelly acredita que o crime tenha sido premeditado. "Ela foi lá com a intenção de matar essa menina, uma moça que só vivia sorrindo e não fazia mal nem a uma formiga", disse a tia da garota, Fátima da Silva.

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