Preso nesta quinta-feira (4) o suspeito de ter matado o auxiliar de cozinha Reginaldo Pereira da Silva, que se recusara a fechar a janela de um ônibus urbano do Rio, confessou o crime. Segundo a polícia, ele não aparentou arrependimento e admitiu ter sido motivado após uma discussão para que a vítima dentro do coletivo em que ele e a vítima viajavam.
?Ele aparentou frieza e afirmou ter ido trabalhar após o crime. Nós o prendemos na Avenida Rio Branco, próximo ao local onde ele trabalhava?, contou o delegado Celso Ribeiro, que informou ainda que o suspeito não tinha passagens pela polícia.
Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de armas e tem prisão preventiva decretada por homicídio qualificado pela morte de Reginaldo.
Enterro
O corpo de Reginaldo foi enterrado na tarde de quarta-feira (3) no Cemitério de Irajá. Família e amigos estavam indignados. Reginaldo deixa três filhos, dois netos e a mulher.
?É difícil a gente acreditar numa coisa dessas. Uma covardia com um chefe de família que levanta 4 horas da manhã para trabalhar. Como ele não tem igual?, disse José Carlos Dias, amigo da vítima.
Reginaldo trabalhava no Instituto Benjamim Constant, na Urca, Zona Sul do Rio, e pegava duas conduções para chegar ao trabalho.
?Um indivíduo desses solto, assim como foi ele pode ser eu amanhã, ou meus filhos ou outra pessoa inocente. Então eu quero justiça, esse homem tem que estar preso, para não desestruturar uma família que era tão unida?, disse Maria Aparecida Pereira da Silva, viúva de Reginaldo.