Suspeito de participar de ataque em Guarapuava é liberado pela polícia

Suspeito é natural da cidade e teria ajudado os criminosos com o aluguel de imóveis na região

Carro foi incendiado em frente à unidade da PM | Eduardo Andrade/RPC
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um suspeito de envolvimento no ataque à cidade de Guarapuava foi preso pela Polícia Civil do Paraná na tarde desta segunda-feira (18). A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.  Após depor por cerca de 5 horas, ele foi liberado. 

De acordo com a polícia, o homem detido não teria participado da parte prática da ação, que sitiou a cidade em uma tentativa de roubo a uma empresa de valores, mas teria ajudado o grupo com a logística.

Ele é natural da cidade e teria ajudado os criminosos com o aluguel de imóveis na região. Até o momento, coletes, dinheiro, munições e 12 veículos foram apreendidos, assim como seis armas, entre elas um fuzil.

A cidade de pouco mais de 180 mil habitantes foi atacada por uma quadrilha entre a noite de domingo (17) e a madrugada desta segunda.

Um grupo de criminosos que tentava assaltar uma transportadora de valores chegou ao local por volta das 22h30, fechando vias com carros incendiados e atirando contra um batalhão da Polícia Militar. A ação durou até as primeiras horas desta segunda-feira.

Carro foi incendiado por criminosos em frente à unidade da PM, em Guarapuava — Foto: Eduardo Andrade/RPC 

Vídeos mostram que alguns moradores teriam sido usados como cordões humanos para proteger os suspeitos, que estavam em carros blindados. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná, porém, não reconheceu que qualquer pessoa tenha sido feita refém.

Apesar do cerco, a quadrilha conseguiu escapar em sete veículos, que depois foram encontrados abandonados. Segundo as autoridades, a quadrilha não conseguiu entrar na transportadora e nada foi levado.

"Tivemos êxito e frustramos a ação deles. Eles acabaram saindo da cidade e aí sim, nos bloqueios que fizemos tivemos confrontos na área rural. Os setes veículos que estavam na ação foram alvejados e acabaram abandonados. Uma farta munição foi apreendida e estamos em busca desses elementos", diz o tenente-coronel Joas Lins.

De acordo com a Protege, empresa de segurança que atua no município, a ação visava o cofre da empresa de sua base operacional, mas não teve sucesso. "Nos últimos anos, robustos investimentos e aplicação de novas tecnologias ampliaram ainda mais os rígidos padrões de segurança adotados pela empresa o que, certamente, contribuiu para o insucesso da ação criminosa", disse em nota.

A empresa disse ainda colaborar com as autoridades e que "reconhece o relevante trabalho das forças de segurança no enfrentamento ao bando de criminosos que atacou a cidade".

O ataque não deixou mortos, mas pelo menos três pessoas ficaram machucadas na ação: dois policiais militares, com ferimentos nas pernas e na cabeça, e um civil que foi ferido no braço.

A polícia suspeita que os envolvidos no crime também tenham ficado feridos, já que manchas de sangue foram encontradas, assim como carros e munições abandonadas.

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