Suspeito pagou R$ 6 mil para degolar menino de nove anos

O corpo do menino foi localizado na terça-feira (10) em avançado estágio de decomposição.

O garoto estava com as mãos e os pés amarrados, com sinais de estupro | Divulgação
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A polícia procura o suspeito de ter mandado matar e decapitar um menino de nove anos na zona rural de São Domingos, distrito do Brejo da Madre de Deus, no agreste de Pernambuco. Quatro suspeitos de terem participado do crime foram apresentados nesta sexta-feira (13).

De acordo com o delegado Antônio Dutra, o mandante teria pagado R$ 1.500 para cada um dos suspeitos. Todos eles têm ligação com a magia negra. Ele afirmou que o corpo foi usado para um ritual chamado de "retorno", que seria uma espécie de "quebra de macumba" feita por um inimigo.

O corpo do menino foi localizado na terça-feira (10) em avançado estágio de decomposição. O garoto estava com as mãos e os pés amarrados, com sinais de estupro e a cabeça a cerca de 1 m do corpo. Ele estava desaparecido desde o dia 1° de julho. Pelo estado de decomposição, a polícia disse que a vítima foi assassinada no dia 3. No local, foram achadas velas, flores, ossos, bebidas e bonecos.

O menino trabalhava em um mercado na cidade para dar o dinheiro à mãe e usava um carrinho de mão para entregar as compras nas casas. Ele teria sido visto pela última vez com o carrinho acompanhado de um adulto.

O corpo estava em uma região distante de onde a vítima morava. Uma pessoa encontrou o menino e chamou a polícia. O padrasto dele reconheceu o carrinho e algumas peças de roupa.

Foi preso um homem conhecido como Pai Veio, de 63 anos, e a mulher dele, de 51 anos, na noite de quarta-feira (11). Outros dois homens foram presos na quinta-feira (12). A mulher foi a única que confessou o crime.

Segundo o delegado, eles responderão por homicídio triplamente qualificado e somente os homens por estupro de vulnerável. Os suspeitos foram transferidos para a o Presídio Desembargador Augusto Duque, em Pesqueira, e a mulher está na Colônia Penal Feminina, na cidade de Buíque.

O delegado disse que somente com a prisão do mandante os fatos serão realmente esclarecidos, já que só um suspeito confessou.

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