O funileiro Wilson Bispo dos Santos, de 54 anos, acusado de cometer estupros contra pelo menos três mães, com suas respectivas filhas, em São Vicente, no litoral de São Paulo, foi condenado por um de seus crimes. Ele ainda responde a mais dois processos que devem ser julgados até o fim do ano. Wilson ficou conhecido por, ao ser preso, fazer um gesto obsceno com as mãos para a foto da polícia e por jogar cartas de tarô enquanto abusava das vítimas.
De acordo com o advogado de algumas das vítimas, Darcio Marques, a sentença desse primeiro crime, que aconteceu em setembro de 2011, corresponde a 10 anos, 10 meses e 20 dias em regime fechado. O funileiro não poderá recorrer da condenação em liberdade.
O suspeito ainda responde outros dois processos. Um deles deve ser julgado pela Justiça ainda este mês, e o outro, em setembro. Ele foi preso em agosto do ano passado, suspeito de estuprar mulheres na cidade. Durante as abordagens, Wilson Bispo dos Santos preferia atacar mães que estivessem acompanhadas de suas filhas.
Prisão
O suspeito de estuprar as mulheres foi preso no dia 24 de julho de 2013. Segundo a delegada, Wilson Bispo dos Santos fugiu para a cidade de Rio das Ostras, na região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. Sabendo disso, a delegada entrou em contato com os policiais do 128º Distrito Policial para investigar onde estaria o suspeito. "Eu passei a foto dele e o mandato de prisão para o Rio de Janeiro", explica ela.
Wilson Bispo dos Santos abordava as mulheres que andavam com as filhas na rua. Ele obrigava as duas a entrarem no seu carro e manterem relações sexuais com ele. Os abusos foram registrados entre novembro de 2011 e abril de 2013. Em um dos casos, o acusado atacou uma mãe e uma filha, que tinha apenas seis anos. O último caso ocorreu no dia 20 de julho, também com uma mãe e a filha, de 10 anos.
Após a prisão, no carro dele foram encontrados vídeos eróticos e cartas de tarô. Algumas mulheres disseram que o homem falava coisas estranhas durante os abusos e tirava cartas de tarô. Segundo a delegada, as cartas eram mostradas às vítimas durante a relação sexual e poderiam servir para despistar as mães do que seria feito com as filhas. Outra prática relatada pelas vítimas é que o estuprador dizia que precisava passar por sete encruzilhadas com elas.