Suspeitos confessam morte de jovem que ofereceu carona via WhatsApp

A perícia vai indicar se Kelly Cristina sofreu violência sexual.

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Três acusados de envolvimento no assassinato da radiologista Kelly Cristina Cadamuro, 22., foram presos na madrugada desta sexta-feira (3). O corpo da jovem foi encontrado ontem seminu, com as mãos amarradas e marcas de estrangulamento em um córrego entre os municípios de Itapagipe e Frutal, em Minas Gerais.

O tenente Virgílio Taparo, que comandou as buscas pelos suspeitos, informou que um dos elementos, Jhonathan Pereira Prado, confessou o crime.

Kelly desapareceu depois de combinar uma carona por meio do aplicativo Whatsapp. Ela morava em Guapaiaçu (SP) e ia visitar o namorado, um engenheiro civil, em Itapagipe. A perícia vai indicar se ela sofreu violência sexual.

Prado contou em seu depoimento que passou a fazer parte de um grupo de WhatsApp onde eram combinadas caronas com a intenção de cometer o crime e que a vítima foi escolhida aleatoriamente.

O suspeito tinha contra ele dois mandados de prisão expedido. Em março deste ano, Prado teve a saída temporário do Centro de Progressão Penitenciária de Rio Preto autorizada pela Justiça, mas não voltou. Ele possui passagens anteriores pela polícia por roubo, estelionato e lesão corporal enquadrado pela Lei Maria da Penha.

Foram presos também Wander Luís Cunha e Daniel Teodoro Silva por participação no crime. Segundo a polícia, Wander ajudou a matar a jovem, e Silva é acusado de receptação por comprar o celular e outros objetos roubados dela. Os três têm passagem pela polícia por roubo.

"Ele [Prado] confessou que seguiu com a Kelly até o lugar do crime sozinho, mas que contou com a ajuda para matar a jovem", afirmou Taparo. Segundo o tenente, no momento da abordagem da polícia, Prado confessou ter cometido o crime. 

Ele foi transferido para Frutal na manhã desta sexta-feira, onde prestou depoimento. Segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno Giovanini de Paulo, o suspeito voltou a confessar o crime.

O caso está sendo tratado como latrocínio, mas o delegado não descarta mudanças até o fechamento da investigação.

A polícia diz acreditar na participação de um quarto criminoso e as investigações prosseguem.

O veículo de Kelly foi achado sem os pneus, som e equipamentos em uma estrada rural entre Rio Preto e Mirassol, em São Paulo. Os pneus do veículo da vítima foram encontrados dentro de um carro que estava com os suspeitos.

"Com os acusados foram encontrados a bolsa da vítima, um nécessaire e o celular que foi reconhecido pela família da Kelly e que inclusive continha fotos da vítima", afirmou o tenente.

De acordo com Taparo, as imagens de uma câmara de segurança flagraram a jovem passando por uma praça de pedágio já em Minas Gerais acompanhada de Prado. Imagens feitas duas horas depois, mostram ele sozinho retornando com o carro para o Estado de São Paulo. Os vídeos ajudaram na identificação dos suspeitos.

O namorado de Kelly, o engenheiro civil Marcos Antônio da Silva, 28, contou para a Polícia Civil que durante a viagem manteve contato com ela via WhatsApp. Quando foi informado pela namorada que a mulher que também havia combinado carona havia desistido, Marcos demonstrou preocupação pedindo "cuidado"

A última mensagem do namorado visualizada por Kelly foi as 19h43, minutos antes de a vítima ser filmada pelas câmeras da praça de pedágio. (Com Estadão Conteúdo).

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