Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por mandar matar os pais em 2002 na capital paulista, foi socorrida ao Hospital Regional de Taubaté (SP) na noite de domingo (20), após cair e bater a cabeça dentro da cela em que cumpre pena na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior do estado.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o acidente com Suzane, de 30 anos, aconteceu por volta das 22h, e ela foi levada para o hospital após reclamar das dores provocadas pela queda.
"Ela dirigiu-se à porta da cela onde estava para falar com uma funcionária, quando escorregou e caiu de costas no chão, batendo a cabeça. A direção foi comunicada pela servidora que presenciou o acidente e acionou o resgate, pois a presa não conseguia se levantar, alegando muita dor de cabeça", informou a SAP por meio de nota.
O transporte de Suzane até o hospital foi feito pelo Corpo de Bombeiros, que foi escoltado pela Polícia Militar. A detenta passou por exames de tomografia de crânio, coluna cervical, tórax e abdômen, mas os resultados não apontaram gravidade nas lesões.
Depois dos exames, Suzane foi medicada, liberada e retornou à unidade prisional às 2h desta segunda-feira (21). A presa está no setor de saúde da penitenciária, onde ficará em observação por um período de 24 horas, antes de voltar à cela em que cumpre pena.
Caso Richthofen
Em 2006, Suzane foi condenada a 39 anos de reclusão em regime fechado, em presídio de segurança máxima, por participar do assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen. Ela confessou participação no assassinato dos pais em 31 de outubro de 2002. O casal foi morto pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos na mansão onde morava, na capital paulista.
Na época, Daniel namorava Suzane, que teria planejado o crime porque não tinha um bom relacionamento com os pais e queria dividir o dinheiro da herança da família com os Cravinhos. Os irmãos também foram presos e condenados a regime fechado, mas foram para o semiaberto em fevereiro de 2013.
Cumprindo pena em regime fechado, Suzane ainda aguarda resposta sobre o pedido feito por sua defesa para a progressão ao regime semiaberto. Em abril deste ano, um exame criminológico sobre a condenada chegou a ser feito, mas foi desconsiderado pela Justiça.