Um taxista, identificado como Edilson Costa Rodrigues, de 36 anos, foi preso no bairro do Riachuelo, no Subúrbio do Rio, na noite de quarta-feira (20), com mais de 2.173 embalagens de pedras de crack e armas no carro. Segundo as investigações, as drogas iriam abastecer a maior cracolândia da cidade, conforme mostrou o Bom Dia Rio desta quinta-feira (21).
As drogas seriam vendidas por preços que variam entre R$ 2 e R$ 10. Edilson fazia parte de uma cooperativa que funciona em um galpão. De acordo com a delegada que investiga o caso, ele já havia sido preso em 2011, também por tráfico de drogas.
"Durante diligências nas comunidades da facção que comanda Parque União, Nova Holanda, Manguinhos e Jacarezinho, nós observamos um táxi em atitude suspeita. Fizemos a abordagem e anotamos a placa deste táxi. E em uma diligência em outro dia, em outra comunidade, nós encontramos o mesmo taxista. E isso fez com que começássemos a monitorar este veículo", explicou a delegada Valéria Aragão, da Delegacia de Combate às Drogas (Decod).
Para cada viagem, o taxista recebia entre R$ 350 e R$ 450, mais uma comissão sobre o que era vendido. O motorista despertou suspeitas depois de ter sido abordado pela polícia duas vezes entre as comunidades de Manguinhos e Mandela, em Bonsucesso, também no Subúrbio.
Logística do tráfico
As investigações mostraram que houve uma mudança na logística do tráfico. Com a ocupação policial de Manguinhos, Mandela e Jacarezinho, a droga passou a ser separada e embalada nas comunidades Nova Holanda e Parque União, no Conjunto de Favelas da Maré. Depois de pronta, a droga é transportada até as favelas ocupadas.
Quando foi preso, o taxista fazia uma espécie de recall - ele transportava de volta crack de baixa qualidade, que estava causando problemas aos traficantes.