'Terrorgram': brasileiro comanda grupo supremacista na mira dos EUA

Três lideranças do grupo terão bens nos Estados Unidos bloqueados após serem classificados como terroristas pelo governo

O grupo se organiza através de canais no Telegram | Imagem: Pixabay
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O Departamento de Estado dos EUA classificou o coletivo "Terrorgram" como uma organização terrorista e identificou um brasileiro como uma das principais lideranças do grupo. Segundo o governo americano, a organização promove o supremacismo branco, planeja ataques e ensina métodos violentos aos seus membros. 

O grupo se organiza por meio de canais no Telegram, com um brasileiro descrito como administrador de um desses grupos. Também foram citados pelo Departamento de Estado um croata e um sul-africano. Os três foram classificados como "Terroristas Globais Especialmente Designados". 

"Todas as propriedades e interesses em propriedades daqueles designados hoje que estão sujeitos à jurisdição dos EUA são bloqueados, e todas as pessoas dos EUA estão proibidas de se envolver em quaisquer transações com eles", diz a nota do Departamento de Estado.

SOBRE O CASO

O Departamento de Estado dos EUA citou ataques envolvendo o "Terrorgram", incluindo o de 2022 fora de um bar LGBTQI+ na Eslováquia, que resultou em duas mortes, e um planejado para julho de 2024 em instalações de energia em Nova Jersey. Em setembro de 2024, dois membros do grupo foram denunciados por crimes de ódio, incitação ao assassinato de funcionários federais e conspiração para apoiar terroristas. 

No Brasil, o massacre de Aracruz, ocorrido em novembro de 2022, foi associado ao "Terrorgram". Em abril de 2023, o Telegram foi bloqueado por dois dias no país após se recusar a fornecer informações sobre grupos neonazistas, mas a decisão foi revertida e o aplicativo voltou a funcionar. 

Além dos EUA, o Reino Unido também classificou o "Terrorgram" como organização terrorista em abril de 2024, com a aprovação de uma ordem de proibição. Tornou-se ilegal pertencer ao grupo, convidá-lo ou promovê-lo, com penas de até 14 anos de prisão e multa.

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