Os moradores da Rua 19 de Novembro, região do Morro da Esperança, popular “Morro do Urubu”, foram surpreendidos por disparos na manhã desta quinta-feira (2). Segundo informações de populares, policiais civis teriam perseguido um homem acusado de assalto, que foi preso.
O dono da residência acometida pelo disparo foi surpreendido com a ação. Ele conta que foram efetuados dois tiros próximo ao rapaz, que foi imobilizado. “Foi mais cedo, eu só ouvi o tiro. Eu ouvi aquela zuada e foi tudo em frente da minha calçada. Eu vi tudo. Eu tava lá atrás mexendo no celular, quando botei a cara na rua: boom! Só ouvi o papoco e o cara no chão”, conta Denilson Nunes.
Uma comerciante próxima, que não quis se identificar, conta que ficou surpreendida com a ação. “A rua estava cheia de gente, inclusive crianças. Achei desnecessário porque o cara já estava no chão. Inclusive levaram ele. Parece que ele tinha roubado um celular e os policiais estavam perseguindo ele lá de cima. Eles saíram de dentro de um carrão, pararam no meio da rua, e saíram atirando”, aponta.
A reportagem do meionorte.com está em busca dos policiais envolvidos na operação para questionar o suposto excesso, além de informações do homem preso.
Polícia efetuou disparos para conter fuga: "não houve excesso", diz policial
Erlon Viana, policial civil e chefe de investigação do 22º DP, conta que precisou efetuar os disparos pois o meliante não parou de correr e poderia estar armado, mas que foi tudo calculado, embora a rua estivesse movimentada. "Nós íamos passando no Marquês e presenciamos o assalto. A vítima era um motoqueiro. Ele largou a moto e saiu correndo. O assaltante foi subir na direção do 2º DP, saímos correndo atrás dele e conseguimos imobilizá-lo, mas a vítima sumiu, foi embora", conta.
O homem havia saído da cadeia dia 15 de abril. "Mas como não havia vítima, tivemos que liberar. Os disparos foram calculados, um para cima, de contenção, e um próximo a ele, na parede de uma residência, para que pudesse contê-lo. Ele poderia ter uma arma. Em momento nenhum houve excesso. Ele só não foi preso em flagrante porque a vítima pegou a moto e foi embora", Erlon Viana, chefe de investigação do 25º DP policial civil.
O homem foi identificado como Alexandre Maxi Pereira de Sousa.