Trabalhadores apreendidos no PI

A apreensão foid decretada pela Superintendência do Trabalho e Emprego

44 trabalhadores apreendidos em Teresina | Efrém Ribeiro
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44 trabalhadores que estavam indo da cidade de Luzil?ndia, no Piau?, para o munic?pio de Barra da Bugre em Mato Grosso em um ?nibus da Real Turismo, de placas KCC-6424, de Goi?s, foram retidos no Posto 2 da Pol?cia Rodovi?ria Federal (PRF) na Rodovia 316 na noite deste s?bado, dia 05. A superintendente do Trabalho e Emprego, Paula Mazzulo, informou que os trabalhadores e o ?nibus foram retidos porque estavam sendo transportados irregularmente para o corte de cana em Barra da Bugre sem registro em Carteira de Trabalho.

?Estava ocorrendo transporte ilegal de trabalhadores, porque a lei diz que eles podem ser levados de um estado para outro, que ? o direito de ir e vim, mas com registro em suas carteiras de trabalho?, declarou Paula Mazullo.

Miguel Pessoa de Brito, de Luzil?ndia, o agenciador dos trabalhadores afirmou que eles iam trabalhar no transporte de cana da empresa Braraco e iriam ganhar por produtividade de R$ 700 a R$ 800 por m?s. ?A carteira s? seria assinada em Barra do Bugre quando come?assem a trabalhar?, declarou Miguel Pessoa carregando as 44 carteiras de identidade dos trabalhadores.

A auditora fiscal da Superintend?ncia de Trabalho e Emprego, Margarida Alencar, afirmou que esse transporte ilegal de trabalhadores na maioria das vezes se transforma em trabalho em situa??o degradante e an?logo a escravo.

Segundo dados da Superintend?ncia de trabalho e Emprego esse ? o quinto caso de transporte ilegal de trabalhadores envolvendo at? agora 600 pessoas.

A Pastoral do Imigrante divulgou que no Piau? saem todos os anos 40 mil trabalhadores para o corte de cana em outros estados, principalmente Mato Grosso e S?o Paulo e apenas 20% desse total s?o legalizados com contrato formal de emprego.

Os trabalhadores estavam indo de Luzil?ndia para o Mato grosso com a promessa de que ganhariam de R$ 700 a R4 1000. A maioria ? trabalhador rural sem renda fixa. ?? melhor do que ficar em Luzil?ndia onde n?o se tem emprego?, declarou Francisco de Assis, de 26 anos, e pai de um filho que ia para Mato Grosso. ?Eu nem me importo se seria escravizado, j? que ia ganhar mais?, declarou Luis Carlos Lopes, de 21 anos, casado, que ganha R$ 80 por semana fazendo cadeiras em Luzil?ndia.

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