A Polícia Civil do Ceará prendeu na madrugada desta quinta-feira (4), o chefe de um grupo criminoso do tráfico de drogas. O suspeito, que não teve a identidade divulgada, já estava sendo investigado há dois anos, e durante a operação foram encontrados veículos de luxo que somam R$ 4 milhões, dinheiro em espécie, jóias e itens de ouro.
A prisão ocorreu em uma mansão avaliada em R$ 2,5 milhões em Juazeiro do Norte, a 491 km de Fortaleza. O criminoso atuava nos estados de Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o homem é natural de Potengi, na Região do Cariri.
Os policiais afirmaram à reportagem que em "um curto período" o suspeito movimentou cerca de R$ 3,5 milhões. A investigação demonstrou que a organização criminosa é hierarquizada e capitalizada, com atuação comprovada em diversos estados.
A polícia afirmou que a operação começou há dois anos e descobriu grande movimentação de dinheiro nesses estados. Ainda de acordo com a polícia, a organização criminosa tinha empresas de fachada nos estados de Tocantins e Minas Gerais e todo o dinheiro passava por elas.
Recentemente, o suspeito foi condenado por integrar organização criminosa no Distrito Federal, resultado da operação judas do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DECOR/PCDF). Segundo a polícia, ele é responsável pela prática de vários delitos, tais como tráfico de drogas e armas de fogo, além de homicídios nas regiões do Riacho Fundo, Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia e Taguatinga.
Ainda segundo a polícia, o suspeito já havia sido preso em Brasília (DF) quando ainda era um traficante mediano e atuava como batedor de carregamentos de drogas. No ano de 2013, ele foi preso com mais de mil comprimidos de “ecstasy” e condenado com outros 4 traficantes por tráfico e associação para o tráfico.
Conforme constou da sentença condenatória, “os investigados se associaram para praticar tráfico ilícito de drogas interestadual. Eles atuavam na compra, venda, transporte, armazenagem e distribuição de drogas entre “Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e o Distrito Federal, notadamente cocaína e drogas sintéticas”.