Traficantes do “Primeiro Comando do Maranhão” têm até estatuto

“Nunca usar o nome do comando em vão”, diz um artigo do “estatuto” da facção.

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O delegado Ednaldo Santos, titular da Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop), investiga o documento encontrado com a namorada de um presidiário, quando ela visitava seu cunhado, Marcelo Julio de Sousa, no Hospital Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II), após ele ser baleado em uma troca de tiros com a polícia. O manuscrito seria um estatuto do Primeiro Comando do Maranhão (PCM), do qual o bando comandado por Jordano Pereira Barros, o ?Cigano?, e Marcelo faria parte.

Cigano é apontado como sendo o líder do grupo que assaltou a agência do Banco do Brasil da Cidade Operária, no mês passado; entre outros realizados na capital e, conforme dados da Rede de Informações de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Infoseg), além do Maranhão, ele responde a processos em mais cinco estados do Brasil.

No documento encontrado com Maria Antônia Neves, escrito a punho e composto por 20 itens, consta que o PCM foi fundado no dia 8 de novembro de 2003. Nele, são ressaltados pontos tais como união entre seus membros, a lealdade, a comunicação e a tomada de decisões entre irmãos, o pagamento de uma taxa mensal para a organização, além da punição, inclusive de morte, em casos de desacato ou traição ao comando.

Estatuto do Primeiro Comando do Maranhão

Fundado em 08/12/2003 e expandido 04/1/2011 P.C.M ? 15.3.12

1°) Um por todos e todos por um;

2°) Nunca tomar uma atitude precipitada, sem antes comunicar o comando;

3°) Nunca usar o nome do comando em vão

4°) O comando não apóia, e nunca vai apoiar, qualquer discriminação contra qualquer preso, seja da capital ou do interior, porque todos são iguais perante o crime;

5°) Transparência a todos os irmãos do comando;

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