As redes sociais viraram um campo de guerra entre traficantes rivais do Rio de Janeiro. Eles trocam ameaças e exibem armamento pesado, sem preocupação em serem identificados por policiais.
As ameaças são em relação à disputa de pontos de venda de drogas. Até mulheres, supostamente criminosas, publicam fotos e comentários.
De acordo com a polícia, as mensagens são publicadas principalmente por traficantes de quatro comunidades não pacificadas na zona norte do Rio: morro do Juramento, em Vicente de Carvalho; morro da Serrinha, em Madureira; morro do Faz Quem Quer, em Rocha Miranda; e Nova Holanda, no complexo do Maré.
A polícia já começou a rastrear as páginas onde os criminosos publicam as mensagens. De acordo com o titular da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), a facilidade de criar perfis em redes sociais, torna o trabalho da polícia mais difícil.
Ainda segundo o delegado, as mensagens publicadas nesses perfis são utilizadas nas investigações e ajudam a identificar os suspeitos.
Vinicius Cavalcanti, consultor em segurança, diz que essas páginas funcionam como ferramenta para demonstrar poder. ? Nas comunidades onde o crime impera, um símbolo de status é dispor da arma ilegal, das roupas de grife, das joias... A ostentação que manda no âmbito dessa sociedade.