Depois de seis meses de investigação, agentes da Divisão de Homicídios (DH) descobriram o mistério em torno do desaparecimento do anão Fabiano de Oliveira Alves, de 30 anos. Visto pela última vez no dia 19 de novembro de 2011, Fabiano foi capturado por traficantes, em um bar, próximo da Vila Vintém, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Levado para o interior da favela, o anão foi interrogado e sentenciado à morte pelo tráfico. O motivo: ser morador de Santíssimo, onde há comunidades dominadas por uma facção rival a dos bandidos da Vila Vintém.
De acordo com Alexandre Herdy, delegado adjunto da DH, três traficantes envolvidos na morte do anão foram identificados. Eles tiveram as prisões preventivas decretadas pela 4ª Vara Criminal. Bruno Maulaz Prazeres, o Malote, e Alcimar Pereira dos Santos, o Veludo, estão sendo caçados pela DH. Davi de Freitas,o Bigode, foi preso em flagrante por tráfico, no fim de março, durante uma operação da Polícia Militar, em Realengo. De acordo com as investigações, no dia que desapareceu, Fabiano de Oliveira Alves estava indo visitar familiares, em Sepetiba. No caminho, ele parou em um bar de Campo Grande e depois foi beber em uma birosca, próximo a Vila Vintém. Capturado por traficantes armados, Fabiano foi torturado e espancado.
Segundo as investigações da polícia, a vítima foi obrigada a beber ácido e acabou morrendo. O corpo, que teria sido esquartejado e queimado, na localidade conhecida como Maloca, não foi encontrado pelos policiais.Quando desapareceu, Fabiano estava com um telefone celular. O aparelho ficou em poder dos bandidos, após a morte da vítima. Parentes do anão ligaram para o telefone. Davi de Freitas atendeu uma das ligações. Na oportunidade, ele informou que o dono do telefone foi morto e que não havia corpo. ?Tem mais corpo, não. Ele (anão) deu mole nos papos? disse num trecho da ligação.