A Corregedoria da Polícia Militar afastou treze policiais envolvidos direta ou indiretamente no episódio em que um agente jogou um homem em um rio na região de Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo. O caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira (2). A vítima não teria parado à ordem dos PMs, ocorrendo uma perseguição e posteriormente a situação.
O QUE SE SABE?
Entre os afastados estão dois sargentos e onze cabos e soldados. Enquanto durar as investigações, eles ficarão cumprindo expediente na Corregedoria. Por enquanto, não houve pedido de prisão para nenhum dos policiais envolvidos.
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O QUE ACONTECEU?
Segundo as apurações iniciais, durante uma abordagem, os policiais deram ordem de parada a duas pessoas que trafegava em uma moto. Os rapazes fugiram e os PMs, então, iniciaram uma perseguição que terminou com a captura da dupla e um deles jogado no rio por um dos policiais.
Uma testemunha afirmou que o homem jogado da ponte está vivo. Os integrantes da Corregedoria estão atrás dele, tentando localizá-lo para ouvi-lo oficialmente. Na abordagem, todos os PMs usavam câmeras corporais, que serão usadas para entender os detalhes da ocorrência.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, em uma rede social, que o policial militar que "atira pelas costas" ou "chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte" não está à altura de usar farda. Disse ainda que o caso será investigado e "rigorosamente" punido. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), também se posicionou.
"Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais. Policial não atira pelas costas em um furto sem ameaça à vida e não arremessa ninguém pelo muro. Pelos bons policiais que não devem carregar fardo de irresponsabilidade de alguns, haverá severa punição", escreveu.