Tutora suspeita de abusar de criança é espancada

O caso, de acordo com os pais da criança, estaria ocorrendo desde julho deste ano

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Um grupo composto por dezenas de mães de alunos da Escola Carlos Castilho Cabral, localizada no Jardim Regina, em Presidente Prudente (565 km a oeste de SP), espancou uma Auxiliar de Desenvolvimento Infantil (ADI), suspeita de ter abusado sexualmente de uma menina de seis anos que se locomove através de uma cadeira de rodas. A agressão ocorreu na manhã de quarta-feira, quando a funcionária chegava para o trabalho. Com ferimentos por todo o corpo, a ADI foi socorrida por uma unidade de resgate e levada para o Hospital Regional onde permanece internada e escoltada por cinco policiais.

O caso, de acordo com os pais da criança, estaria ocorrendo desde julho deste ano, época em que a criança passou a apresentar diferença de comportamento. "Ela sempre foi muito falante e alegre, apesar da hidrocefalia e má formação da coluna cervical. Mas passou a falar bem menos, evitava a olhar nos nossos olhos e a cada dia aparentava maior tristeza. Depois de muita insistência ela decidiu falar, mas com muito medo, pois disse que é ameaçada pela suspeita que já falou que se o segredo fosse revelado a mataria. O que ela nos contou não se vê nem em filmes do gênero", disse Anderson Aparecido Vicente, um montador de móveis de 30 anos e pai da garota.

A menina teria contado aos pais que os abusos aconteciam todos os dias nos momentos em que a tutora trocava a criança, e sempre sob ameaças. Tutora é a pessoa que acompanha o aluno com algum tipo de necessidade especial e que está incluída na classe regular de ensino. "Ela dizia que como sou cadeirante e dependente, não seria difícil para me matar", disse a criança aos pais.

Quando souberam dos abusos, os pais levaram a criança para fazer exames: "Uma médica do Hospital Regional (HR) ficou abismada com o que viu. Ela até tirou fotos com o celular. Os exames mais detalhados para comprovação dos abusos já foram feitos e os resultados devem ficar prontos em 15 dias", afirma o pai.

Nervosa, a mãe da criança decidiu ir até a escola para tirar satisfações com a funcionária. Assim que a mulher chegou, foi agredida por dezenas de mães que souberam sobre o abuso. Com ferimentos por todo o corpo, a ADI foi socorrida por uma unidade de resgate e levada para o Hospital Regional onde permaneceu internada e escoltada por cinco policiais.

Em nota distribuída pela assessoria de imprensa da Prefeitura do município de Presidente Prudente, a secretária de Educação, Ondina Barbosa Gerbasi, divulgou um comunicado sobre as providências tomadas em relação ao ocorrido e afirma que "mediante o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil será aberto o processo administrativo para apurar responsabilidade", diz a nota.

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