Alívio. Este é o sentimento da família de mãe e filha mortas no Sol Nascente em dezembro de 2021, após a notícia da prisão do acusado de cometer o crime, na terça-feira (8/2). Segundo a polícia, o suspeito gabava-se de ser amigo do maníaco Lázaro Barbosa. A postura despertou ainda mais revolta.
Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foram vistas com vida pela última vez quando saíram para visitar o Córrego das Corujas. Shirlene estava grávida de 4 meses. Após dias de desaparecimento, os corpos foram encontrados. A investigação aponta o piauiense Jeferson Barbosa dos Santos, de 25 anos, como o autor dos feminicídios.
“A gente sente que a Justiça está sendo feita. É um certo alívio, mesmo sabendo que a minha irmã não vai mais voltar. Foi um crime monstruoso, uma atrocidade. Minha irmã levou 37 facadas. Mas agradecemos à Polícia Civil por estar elucidando o caso”, desabafou a cabeleireira Shirlei Vieira da Silva, 39, irmã de Shirlene.
O crime é investigado pela 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia). Segundo o delegado à frente das investigações, Thiago Peralva, Jeferson apresenta um perfil “debochado e calculista”. Os investigadores ainda apuram a possibilidade de existir um possível coautor do crime.
A notícia da suposta amizade entre o acusado e o maníaco Lazáro Barbosa deixou a família de Shirlene e Tauane ainda mais indignada. “Isso revoltou a gente ainda mais. Ele se gabava de ser amigo de um monstro daquele, se gabava que se dava bem com as mulheres no córrego. Se for mesmo culpado, é um monstro também”, disparou a cabeleireira.
“Se ele se intitulava amigo de um monstro, que assuma o que fez. Que a Justiça seja feita e que ele pague por seus crimes”, destacou Shirlei. Mesmo com a prisão, a família segue despedaçada. “Eu estou procurando ajuda psicológica ainda. Estamos nos agarrando a Deus para seguir em frente”, pontuou.