Único sobrevivente relembra dia em que médicos foram assassinados no RJ

No dia do crime, três homens armados saíram de um carro e atiraram contra as vítimas. Três médicos foram assassinados.

Único sobrevivente relembra dia em que médicos foram assassinados no RJ | Reprodução
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O médico Daniel Proença, único sobrevivente do atentado que terminou com a morte de três médicos no Rio de Janeiro no dia 5 de outubro deste ano, relatou ao Fantástico neste domingo (17) que confundiu o barulho dos disparos de arma de fogo com fogos de artifício. No dia do crime, três homens armados saíram de um carro e atiraram contra as 3 vítimas.

"Eu estava de costas. Inicialmente comecei a ouvir as explosões. O Fluminense tinha se classificado para semifinal da Libertadores, tinha passado um carro na orla, soltando fogos. Quando eu comecei a ouvir os disparos, eu confundi eles com fogos, e senti o calor nas costas. Quando eu comecei a virar, protegendo meu rosto com a mão direita para me jogar no chão, para sair do nível dos fogos, comecei a sentir muita dor no braço direito, em vários lugares. Aí, eu caí no chão. Nesse momento, eu comecei a ter noção do real, da gravidade", conta.1

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O ataque ocorreu no início da madrugada quando os quatro médicos estavam em um quiosque próximo ao hotel. Às 0h59, um veículo branco parou no local, e três homens vestidos de preto, portando pistolas, desembarcaram e abriram fogo à queima-roupa. Um total de pelo menos 20 tiros foram disparados. Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida morreram. 

Médicos foram mortos por engano | FOTO: Reprodução

"Ver a execução. No momento do crime, exatamente, eu cheguei a ver meus amigos executados e sabia que eu perdi os três, era bem difícil. O doutor Corsato, quando olhei para o lado, já estava evidente que ele não respondia, já estava na cadeira com os braços esticados. O Perseu vi ele tentando fugir, aí infelizmente o executor esticou o braço direito e disparou alguns tiros, ele parou de se mexer, e eles foram embora. O Diego começou a gritar", explicou.

No dia seguinte, os corpos dos traficantes acusados de participação no ataque foram encontrados. A principal hipótese é que o ataque teria sido motivado por uma vingança dos traficantes contra o miliciano Taillon de Alcântara Pereira. Na ocasião, o criminoso teria sido confundido com o ortopedista Perseu Ribeiro.

Veja alguns dos locais do corpo onde o médico Daniel Proença levou tiros durante o ataque | FOTO: Fantástico

Por fim, o médico conta que levou um tiro no pé esquerdo, na perna esquerda, na coxa direita, no glúteo, tiros no braço, no ombro esquerdo, mais o tiro que passou de raspão em uma das mãos, atingindo todos os ligamentos.

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