Denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o vereador de Araruama Sérgio Roberto Egger de Moura foi condenado pelo IV Tribunal do Júri, nessa terça-feira, pelos crimes de tentativa de homicídio e denunciação caluniosa.
Egger foi condenado por tentar matar um policial militar que atuava na prevenção do transporte ilegal no município. A atividade seria administrada por Egger, que é ex-PM e é acusado de liderar uma milícia local. O crime ocorreu em 2009, em frente à casa da vítima, que reagiu e sobreviveu.
A outra acusação pela qual o vereador foi condenado se deve ao fato de que ele e o homem que atirou no PM registraram o fato dias depois do incidente alegando terem sido atacados pela vítima, o que a investigação policial provou não ter ocorrido.
Desde o ano passado, Egger está preso no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia. Ele foi condenado a sete anos de prisão. O MP-RJ vai recorrer da sentença para obter aumento da pena. O vereador foi transferido ano passado, após requerimento do Gaeco, que identificou que, mesmo preso desde 2009, ele ameaçava testemunhas e autoridades da polícia, do MP-RJ e do Judiciário.
De acordo com a sentença da juíza Elizabeth Machado Louro, Egger tem registrado 12 anotações criminais. Ele também foi denunciado ano passado pelo procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, por crimes de porte ilegal de armamento de uso restrito, sequestro, coação e desacato.