Uma explosão de granada em um Ônibus deixou um homem gravemente ferido na noite desta quarta-feira (27). O ataque foi registrado por volta das 21h30, na Avenida Brasil, altura de Barros Filho, zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com informações, outras duas pessoas que também estavam no veículo foram atingidas.
Segundo relato de moradores, o ataque foi planejado por criminosos do Gogó do Chapão com o objetivo de culpar traficantes do Complexo da Pedreira, onde existe uma disputa de controle de tráfico de drogas há pelo menos uma semana. A estratégia dos criminosos era direcionar o trabalho da polícia para a área da explosão.
Testemunhas afirmaram que pelo menos cinco criminosos, todos com os rostos cobertos e portando armas, haviam bloqueado a via expressa ao colocar pneus na pista com o intuito de realizar um assalto em massa. Os assaltantes já tinham abordado vários veículos quando renderam o motorista de um ônibus da linha 771 (Campo Grande-Coelho Neto, via Estrada da Posse).
Eles saquearam os pertences dos passageiros e, ao empreenderem a fuga, detonaram um dispositivo explosivo.
Um indivíduo gravemente ferido foi prontamente socorrido por equipes do Corpo de Bombeiros dos quartéis de Guadalupe e Irajá, sendo transportado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, localizado em Realengo. Os demais envolvidos, um homem e uma mulher, sofreram ferimentos de natureza moderada e também foram encaminhados ao Albert Schweitzer.
O Rio Ônibus, o sindicato que representa as empresas de transporte coletivo no Rio de Janeiro, emitiu um comunicado a respeito do incidente.
“O setor que sofria com ônibus incendiados por criminosos agora é alvo de granada. Passageiros e rodoviários perderam o direito de ir e vir na cidade do Rio de Janeiro. Diariamente, a inação do Estado sobre questões de Segurança Pública é escancarada por episódios de violência extrema. O crime e o medo, infelizmente, viraram rotina, assim como as vítimas têm virado estatística. O Rio Ônibus lamenta profundamente o ocorrido e reforça o apelo para que as autoridades competentes tomem as devidas providências com urgência.”