Na noite desta quarta-feira (4), uma mulher de 63 anos foi agredida por policiais militares e o seu filho sofreu um mata-leão durante abordagem na garagem da família em Barueri, na Grande São Paulo. A vítima foi identificada como Lenilda Messias Santos Lima, e o crime foi registrado por testemunhas.
COMO ACONTECEU?
A violência começou quando os policiais abordaram Matheus Higino Lima Silva, de 18 anos, e Juarez Higino Lima Junior, de 39. Eles são pai e filho. Os dois estavam em uma motocicleta com a documentação atrasada, na calçada da casa onde moram e, por isso, os PMs iriam apreender.
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Contudo, os dois resistiram à ação e correram para o interior da garagem. Segundo a Polícia Militar, eles teriam xingado os agentes de "seus lixos". Horas mais tarde, os PMs voltaram com reforços, invadiram o imóvel e agrediram de cassete Juarez e Matheus.
A abordagem se transformou em uma confusão generalizada, quando Lenilda, que é mãe de Juarez e avó de Matheus, também foi agredida. No vídeo, ela aparece com o rosto sangrando e aos prantos. A mulher foi empurrada e chutada por um policial.
“Eles vieram e deram um monte de pontapé, empurraram a porta e abriram. Do jeito que eles abriram, já entraram com pistola na nossa cara, com laser, as pistolas com luz verde na nossa cara, arma grande e o cassetete batendo em todo mundo. Pegaram meu filho e levaram para o canto. Batendo nele todo o tempo e virou aquela confusão generalizada. Uma verdadeira cena de terror”, explicou Juarez à TV Globo.
"Quando eu desci e vi aquela cena, [foi] muito triste. Falei: 'o que está acontecendo? Por favor, me expliquem o que está acontecendo'. E ninguém me respondia nada. [Tinha] um tumulto de policiais, porque eles invadiram a minha garagem. Estava todo mundo dentro, os carros dentro, e eles agredindo meu filho e meu neto. Fiquei desesperada. Falei: 'moço, pelo amor de Deus, o que está acontecendo? me explica'. Eles não me respondiam nada, e aí ele tacou o cassetete na minha cabeça. Depois que bateu, eu fiquei atordoada. Estou com hematoma, fiz o exame e vou ter que seguir tratamento", acrescentou Lenilda.
O QUE ACONTECEU DEPOIS?
Juarez, Matheus e Lenilda foram levados para o Pronto Socorro Central de Barueri (Sameb) e depois encaminhado à Delegacia de Polícia de Barueri. O caso foi registrado como desacato, resistência, lesão corporal e abuso de autoridade.