Os homens que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça após agredir e matar um ambulante na estação do Metrô D. Pedro 2º, na Linha 3-Vermelha, no Centro de São Paulo, continuam foragidos.
A polícia identificou através de imagens de câmeras de segurança os dois suspeitos: Alípio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos, e Ricardo Nascimento Martins, de 21 anos, são primos. Segundo o defensor dos criminosos, eles devem se entregar nesta terça (27).
O ambulante identificado como Luis Carlos Ruas, conhecido como Índio, morreu após ser atingido por vários golpes na noite de domingo (25). Luiz Carlos foi socorrido por funcionários do metrô, mas não resistiu e morreu no hospital Municipal Vergueiro. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial como homicídio qualificado, mas será encaminhado ao 5ºDP.
Em nota, o metrô confirmou o ataque e afirmou que os primeiros socorros foram prestados pelos agentes de segurança. “O Metrô colabora com a Autoridade Policial para o esclarecimento do crime.”
Imagens
As cenas gravadas pelas câmeras de segurança começam com a perseguição a uma travesti, que passa por baixo da catraca, corre, seguida por rapazes com camiseta preta e bermuda branca.
Ela conseguiu escapar. Em seguida, quem aparece fugindo dos agressores é o vendedor ambulante. Ele cai e é espancado com socos e pontapés. Luiz Carlos Ruas morreu no hospital. Ele trabalhava há mais de 20 anos na saída de uma passarela para pedestres do lado de fora da estação.
Antes da agressão, um morador de rua, que também é homossexual, disse ter sido agredido pela dupla. “Não teve nada, ele já veio me socando”, disse o carroceiro José Vieira Filho.”É triste, triste de verdade. eu só tenho isso como um grande preconceito, grande raiva ao próximo, não tem outra explicação."
O caso aconteceu na noite deste domingo (25). Fotos tiradas dentro da estação mostram o momento em que dois homens atacam o ambulante. Após a agressão, os homens ainda voltaram até a vítima, desacordada, e um dos suspeitos deu mais um soco na cabeça.
O delegado Oswaldo Nico Gonçalves disse que os dois homens são primos, moram perto um do outro e beberam muito no dia de Natal. O delegado contou que um deles disse que estava muito aborrecido porque teve problemas com a mulher. No mesmo dia, um dos homens teria socado a porta da vizinha na vila em que os dois moram.