A Secretaria Estadual de Segurança Pública, através do Núcleo Central se Estatística e Análise Criminal (NUCEAC), divulgou nesta terça-feira (23), os dados relacionados a ocorrências de violência contra mulher em todo o Piauí. No boletim consta dados dos anos 2019, 2020 e 2021.
Neste ano de 2021, até o mês de setembro, foram registrados 4.409 boletins de ocorrências e 25 feminicídios até novembro no Piauí, segundo a Delegada Bruna Verena, coordenadora do Departamento Estadual de Proteção à Mulher, em entrevista ao Meionorte.com. Maio foi o mês com o maior registro de vítimas, sendo seis. Conforme a delegada, a denúncia de toda e qualquer forma de agressão é de extrema importância para evitar novos casos.
“O que a Polícia Civil orienta, é que as mulheres denunciem qualquer agressão que estejam sofrendo, que tenham sofrido. A gente orienta que elas denunciem qualquer sinal de violência, por menor que seja agressão. Às vezes é um empurrão, um tapa, um xingamento, que naquele momento ela não dá tanta importância, mas a gente orienta que ela denuncie por menor que seja. Denuncie para a polícia, para as redes de apoio a mulher para que a gente possa fazer cessar essas agressões, para que elas não venham a evoluir e chegar em um feminicídio, inaceitável. A gente não pode aceitar que as mulheres morram pelo fato de ser mulher, em razão de situação de violência doméstica praticada dentro de sua casa; dentro de sua família”, pontua.
Teresina possui quatro Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, em todas as zonas da cidade. Conforme a delegada, outro meio de denúncias é o aplicativo Salve Maria, além de poder acionar diretamente a Polícia Militar através do 190.
“As mulheres podem comparecer nas delegacias de polícia especializada de atendimento a mulher. Aqui em Teresina temos 4, que fica na zona Sudeste, no Dirceu, no Centro; Parque Piauí e bairro Buenos Aires. Elas também podem denunciar através do Salve Maria, que é o aplicativo para denúncias. Elas podem chamar a Polícia Militar e nós temos hoje parceiros, como a Guarda Maria da Penha, que é da Guarda Municipal, a Patrulha Maria da Penha, que é da Polícia Militar, que acompanha as medidas protetivas. A gente pede que essas mulheres denunciem para que a gente possa tomar as providências cabíveis”, finaliza.