Vizinhos de Eloá dizem ter ouvido tiro

O vizinho disse também que ouviu diversas vezes choro feminino

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O Jornal Nacional teve acesso ao depoimento de dois moradores do pr?dio onde morava Elo? Cristina Pimentel, a jovem de 15 anos assassinada pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, em Santo Andr? (ABC). Os vizinhos refor?am a vers?o da pol?cia: eles disseram que, pouco antes da invas?o, ouviram um tiro no apartamento onde estavam o seq?estrador e as ref?ns.

O vizinho do apartamento de cima, Reinaldo Pereira de Souza, conta que, na madrugada de segunda (13) para ter?a-feira (14), ouviu Elo? dizendo: "P?ra Liso. P?ra, Liso", enquanto Lindemberg mandava a adolescente calar a boca. ?Liso? ? o apelido do ex-namorado de Elo?.

O vizinho disse tamb?m que ouviu diversas vezes choro feminino e contou que, do apartamento, p?de ver e ouvir as vezes em que Lindemberg disparou o rev?lver, durante a semana do seq?estro.

Eram perto das 18h da sexta-feira (17), quando o vizinho ouviu um disparo de arma de fogo. O barulho mais baixo, disse ele, diferente dos outros ouvidos, vinha de dentro do apartamento de Elo?.

O vizinho, por?m, n?o soube dizer ao certo o tempo que se passou entre o barulho do tiro dentro do apartamento e a explos?o na porta. ?Demorou um pouco?, disse ele, que acredita ter sido um minuto.

O outro depoimento ? o do vizinho do lado. Foi no apartamento de Marco Ant?nio de Ara?jo que os policiais se instalaram para acompanhar os movimentos do seq?estrador. Ara?jo diz que, no primeiro dia da opera??o, era apenas um policial militar que tinha a miss?o de escutar o que acontecia no apartamento de Elo? e repassar as informa?es ao comando.

No segundo dia do seq?estro, eram dois. A partir da quinta-feira (16), disse ele, cinco policiais militares do Grupo de A?es T?ticas Especiais (Gate) passaram a ocupar o apartamento dele.

Segundo Ara?jo, os policiais tinham escudos e armas potentes, e foi na noite de quinta-feira que ele diz ter ouvido sucessivos gritos. A voz feminina dizia: ?Socorro, m?e. Socorro, m?e?. Ele diz que tem convic??o de que os gritos partiram de Elo?.

Na sexta-feira (17), de acordo com Ara?jo, os policiais continuavam junto ? parede na tentativa de ouvir ru?dos e que encostavam um copo de vidro na nela para conseguir escutar melhor.

O vizinho conta que foi autorizado pela pol?cia a sair de casa por volta das 10h de sexta-feira e que, quando voltou, ?s 15h, foi impedido de entrar. Segundo ele, todos se preparavam para a rendi??o do seq?estrador. Mas o tempo foi passando at? que, por volta das 18h, quando estava de frente para o apartamento de Elo?, junto da garagem, ouviu um estampido similar ao de um tiro.

Segundo Ara?jo, menos de um minuto depois do disparo, ele ouviu a explos?o. Ele ainda refor?a: ?Estava a cerca de 15 metros das janelas do apartamento de Elo?

A pedido do Jornal Nacional, o perito independente Ricardo Molina analisou 12 minutos de grava??o sem cortes, antes da invas?o. Ele n?o identificou o ru?do do tiro, mas frisou que o disparo pode ter ocorrido antes do in?cio das grava?es.

A vers?o das testemunhas de que houve, de fato, um disparo antes da invas?o coincide com o depoimento da pol?cia. Quatro dos cinco PMs que entraram no apartamento declararam que ouviram um tiro disparado pelo seq?estrador e que, por isso, tomaram a decis?o de resgatar as ref?ns.

Para a pol?cia, n?o h? d?vidas de que Lindemberg atirou nas amigas.

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