Atuante nas tratativas envolvendo a negociação com os civis, o secretário de Administração, Franzé Silva, revelou, na manhã de ontem, os próximos passos orquestrados pelo Governo no canal de diálogo com as categorias que ameaçam deflagrar greve. Preocupado com a situação econômica do Piauí, o gestor apontou que priorizará a saúde financeira da gestão, de modo que a geração de emprego e renda não fique comprometida com o reajuste.
“Naquele aspecto que a gente possa novamente correr riscos e levar o Piauí para a inadimplência, conter a possibilidade do Estado receber recursos e, principalmente, travar novamente a geração de emprego, a geração de renda e o desenvolvimento do Estado do Piauí, aí nesse aspecto nós teremos que recuar”, disse.
Segundo ele, o consenso será perseguido até o último momento, numa situação adversa, Franzé não descarta a abertura do diálogo judicial. Contudo, essa opção seria a última alternativa. “Estaremos abertos a qualquer diálogo, a qualquer negociação, desde que a categoria não esteja em greve, eu acho que o momento que uma categoria decide entrar em greve, nós iremos então entrar com a possibilidade de fazer um diálogo judicialmente”, diagnosticou.
O secretário detalhou como seria o processo, porém, indicando que esta não é a intenção do Governo. “A Procuradoria vai fazer a defesa do Estado e nós vamos entrar em outro patamar de negociação, temos trabalhado diuturnamente no sentido de dialogar, esse tem sido o meu trabalho, da equipe do Governo e queremos manter esse canal aberto, mas se uma categoria decidir por greve então esse diálogo administrativo está suspenso”, explicou.
PROPOSTA - A proposição apresentada pelo Executivo versa para o pagamento em duas parcelas, uma referente a maio e a outra em janeiro, como apontou o secretário de Fazenda, Rafael Fonteles. “Com os policiais civis ainda faltam algumas conversas para que a gente chegue em um ponto comum. A questão do parcelamento, o Estado não tem como abrir mão, são outras questões envolvendo regras da Polícia Civil, também o ticket de alimentação, como foi nos militares, é nestes casos que a gente quer ampliar, no ponto do reajuste 50% em maio, 50% em janeiro, é o que ficou definido porque é o que tem menor impacto e o que as finanças do Estado resistem nesse momento”, limitou.