Acordo entre UE e Mercosul deve aumentar comércio brasileiro em R$ 94,2 bi

Mercosul e União Europeia chegaram a um acordo para o estabelecimento da maior parceria comercial do mundo, envolvendo mais de 718 milhões de pessoas.

Acordo assinado entre Mercosul e União Europeia | Ricardo Stuckert
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O governo estima que o acordo de livre comércio anunciado nesta sexta (6) entre o Mercosul e a União Europeia (UE) deve aumentar o fluxo de comércio entre o Brasil e o bloco europeu em R$ 94,2 bilhões, o que representa um impacto de 5,1% no comércio atual. O governo estima ainda um impacto de R$ 37 bilhões sobre o Produto Interno Bruto, ou seja, cerca de 0,34% da economia.

O que aconteceu

Num processo que durou um quarto de século, o Mercosul e a União Europeia chegaram a um acordo para o estabelecimento da maior parceria comercial e de investimentos do mundo, envolvendo mais de 718 milhões de pessoas e um PIB conjunto de US$ 22 trilhões.

Efeitos

Como a redução das tarifas de importação é gradual, o impacto estimado pela equipe econômica é para 2044. Com a redução das tarifas, o governo estima que haverá um aumento de R$ 42,1 bilhões das importações da UE e um crescimento de R$ 52,1 bilhões das exportações brasileiras para o bloco. A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2023, a corrente comercial entre Brasil e o bloco europeu representou 16% do comércio exterior brasileiro.

Bom para o Brasil

O professor Giorgio Romano Schutte, membro do Observatório da Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil (Opeb), avaliou que o acordo está melhor que o negociado em 2019 pelo fato de o Brasil ter colocado salvaguardas para o setor automotivo, para impedir que as importações de carros europeus prejudiquem a indústria no Brasil. 

Investimento

O governo brasileiro estima ainda um aumento de R$ 13 bilhões em investimentos no Brasil, o que representa um crescimento de 0,76%. Espera-se ainda uma redução de 0,56% nos preços ao consumidor e aumento de 0,42% nos salários reais. Tudo apenas para 2044, disse Giorgio Romano. (Com informações da Agência Brasil)

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