Por conta de várias obstruções, a votação dos vetos presidenciais foi adiada para 5 de fevereiro de 2013. A sessão desta quarta-feira, adiada pela deputada Rose de Freitas, do Espírito Santo, queria votar em regime de urgência os 3060 vetos presidenciais pedentes no Congresso Federal, para então votar o da presidente Dilma ao projeto de distribuição igualitária dos royalties do pré-sal. O deputado federal Julio César disse ao meionorte.comque ?O que eles querem é não votar?.
Segundo o deputado, foi uma ?frustração generalizada? quando a votação foi adiada. ?Nunca vi uma minoria tão forte, que consegue atropelar até o orçamento federal?, disse Julio César. A decisão do ministro Luiz Fux, de que seria preciso votar todos os vetos pendentes antes do da presidente Dilma, também deixou para o ano que vem a apreciação de algo em torno de 20 projetos suplementares, o que prejudica obras em vários estados (inclusive o Piauí) e o da lei orçamentária de 2013.
?São vetos sem validade, de outros exercícios, até do tempo de Fernando Henrique?, disse Julio Cesar ao meionorte.com. Alguns dos vetos que seriam votados eram de orçamentos de anos anteriores, portanto sem efeito prático, segundo o deputado. Alguns, entretanto, são importantes, como vetos à lei do novo código florestal.
O deputado afirmou que a bancada piauiense irá se articular para votar todos os vetos pendentes em fevereiro. Para Júlio César, a intenção dos parlamentares do Rio de Janeiro e Espírito Santo é adiar a votação o máximo que puderem. ?Eles sabem que não vão conseguir manter esse veto, eles não têm votos suficientes. Por isso, querem ficar empurrando com a barriga?, disse o deputado.