Responsável por cumprir o testamento deixado pelo deputado Clodovil Hernandes, a advogada Maria Hebe Pereira de Queiroz afirmou que aguarda a liberação de uma indenização de R$ 1 milhão de uma emissora de televisão para tentar realizar o desejo manifestado pelo estilista de criar uma entidade assistencial.
O valor está depositado em juízo e ainda não foi liberado, segundo ela, porque a Justiça aguardava situação de sua nomeação como inventariante (responsável pela herança), o que aconteceu na semana passada. A previsão da advogada é de que o dinheiro possa ser liberado a partir das próximas semanas.
Em entrevista ao G1, Maria Hebe diz ter obstáculos para a abertura da fundação: segundo ela, Clodovil deixou dívidas e não tinha bens valiosos. A casa da qual o deputado detinha permissão de uso em Ubatuba, litoral de São Paulo, custa à advogada R$ 7 mil mensais em manutenção. Outro imóvel, na Granja Viana, em Cotia (Grande São Paulo), vale cerca de R$ 350 mil e tem dívida de R$ 200 mil em impostos e penhoras.
Clodovil morreu em 17 de março após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Em testamento, o deputado manifestou o desejo da criação da Fundação Isabel, nome da mãe adotiva de Clodovil, entidade para cuidar de meninas carentes.