O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, inicialmente afirmou, em entrevista ao programa Estúdio I, que o ex-ajudante de ordens confirmou em depoimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia de um plano de execução envolvendo os nomes de Lula, Alckmin e Moraes. No entanto, nove minutos depois, Bittencourt recuou e esclareceu que não teria dito que o depoimento envolvia um "plano de morte".
Ao ser questionado sobre a confirmação de Cid de que Bolsonaro sabia desse suposto plano de golpe de Estado, o advogado de Cid, inicialmente, indicou que havia essa confirmação, mas depois fez uma correção, deixando claro que não havia se referido a um plano de execução.
"Confirma que sabia, sim. Na verdade, o presidente de então sabia tudo, comandava essa organização", afirmou o advogado.
Segundo advogado de defesa, Cid "participou como assessor, verificou os fatos, indicou esses fatos ao seu chefe, que teria toda a liderança".
A entrevista foi feita remotamente. A conexão cai e nove minutos, ela é restabelecida. Ao ser perguntado novamente, o advogado recuou e disse que não teria falado em um "plano de morte".
Andréia Sadi pergunta: "Sobre a reunião de 12 de novembro de 2022, aquela reunião que, segundo informações da polícia, teria acontecido na casa do Braga Netto e, ali, foi apresentado um plano, que é esse plano de golpe e de execução. O Cid deu mais detalhes sobre isso?"
"Cid deu alguns detalhes. Agora, uma coisa importante que eu tenho que retificar, que saiu uma coisa errada aí, eu não disse que o Bolsonaro sabia de tudo. Até porque o tudo é muita coisa, né. Alguma coisa evidentemente ele tinha conhecimento, mas o que é o plano? O plano tem um desenvolvimento muito grande", disse Bittencourt.
"O presidente, segundo a informação, teria conhecimento dos acontecimentos que estavam se desenvolvendo. Isso ele não pode negar, mas não tem nada além disso. Eu não falei plano de morte, plano de execução, de execução como sendo o plano de morte. Falei da execução do plano pensado, imaginado, desenvolvido, nesse sentido. (...) Eu não sei que tipo de golpe poderia ser. Agora, [Bolsonaro] tinha interesse no acontecimento que estava acontecendo aqueles dias, o presidente sabia."