"Vamos ouvir muito para dar o segundo passo", disse nesta quinta-feira (16) o ex-governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, sobre a possibilidade de ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na composição de uma chapa para a eleição presidencial do ano que vem. A declaração foi dada durante o 6º Congresso Nacional do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), em Mongaguá, no litoral paulista.
Um dia após anunciar sua saída do PSDB, o ex-governador disse que o desafio é a retomada do crescimento, e que o momento será de muita conversa até que tome uma decisão sobre seu futuro político.
"Eu dei o primeiro passo, agora, nós vamos ouvir muito, conversar muito, para poder dar um segundo passo. Então, vamos aguardar, a hora é de ouvir bastante e conversar bastante. E nesse momento, é o momento de grandeza política, de espírito público e de união", disse.
Alckmin não deu prazo para definir se será ou não vice-presidente na chapa de Lula. Também não informou quando decidirá sua filiação para um novo partido. Na lista de interessados, estão siglas como PSB e Solidariedade, por exemplo.
O ex-governador também destacou que o importante neste momento é focar na pacificação. "O que é importante nesse momento, que o país passa por dificuldade, é a pacificação, e o primeiro passo para isso é retomar o diálogo, para poder enfrentar o grande desafio que é a retomada do crescimento, as pessoas terem emprego, renda, poderem viver dignamente", destacou o ex-governador.
Sobre a saída do PSDB, o político afirmou que a desfiliação ocorreu devido a mudanças que aconteceram no partido ao longo do tempo. "Fui um dos fundadores do PSDB, 33 anos atrás. Não é com alegria que a gente faz isso. Mas é necessário. Estamos vivendo um outro momento da vida política".
O congresso reúne, até a sexta-feira (17), 800 delegados do sindicato de todo o país, lideranças sindicais, políticas e representantes do Poder Judiciário e Governo Federal.