
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou nesta segunda-feira (10) a importância de cautela e diálogo diante da possibilidade de novas tarifas que o ex-presidente Donald Trump prometeu impor, caso retorne ao governo dos Estados Unidos.
Trump ainda não formalizou a implementação dessas tarifas, que podem impactar produtos brasileiros. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá, conforme dados do Departamento de Comércio americano.
Durante um evento no interior de São Paulo, Alckmin foi questionado sobre como o governo brasileiro reagiria caso a taxação seja confirmada. O vice-presidente lembrou que, no primeiro mandato de Trump, uma tarifa foi anunciada, mas posteriormente foram definidas cotas para evitar a cobrança.
Alckmin afirmou que a relação comercial entre os dois países é "equilibrada" e que o Brasil preferirá aguardar para entender melhor o cenário antes de tomar qualquer decisão. "É uma relação equilibrada, é um ganha-ganha. Eles até têm um pequeno superávit sobre o Brasil. Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que isso foi feito, teve cotas, então vamos aguardar. A nossa disposição é sempre a de colaboração, parceria em benefício das nossas populações", concluiu.
A postura do vice-presidente segue a linha já adotada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que mais cedo nesta segunda disse que o governo vai esperar medidas mais concretas de Trump antes de dar qualquer resposta.