Na tentativa de diminuir o poder de fogo rival e dividir um reduto tradicionalmente petista, o pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou de um café da manhã com cerca de 30 lideranças de sindicatos filiados à Força Sindical. A central é presidida pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força, que tenta indicar o vice na chapa do senador Aloizio Mercadante (PT).
Alckmin foi ao encontro na sede da Federação dos Químicos de São Paulo (Fequimfar), na região central da capital paulista, à convite do presidente da entidade, Sérgio Luiz Leite, que é filiado ao PDT mas declara apoio ao tucano. "Sempre tivemos uma relação muito boa com o Alckmin, desde o governo Mário Covas. Tínhamos espaço para diálogo e alguns pleitos atendidos", afirmou Leite. "Se você me perguntar de apoio, digo que a tendência é que a maioria vote no Alckmin."
Segundo um articulador alckmista, a estratégia do tucano é aproveitar o "bom relacionamento" e um "racha" na Força Sindical para atrair mais trabalhadores para o lado do PSDB. "Ele está se empenhando pessoalmente em aproximar o setor sindical. Temos um grupo significativo de sindicatos que não querem caminhar mais com o PT, como os químicos e o da construção civil", disse.