Nesta sexta-feira (11), a Polícia Federal (PF) concentra suas ações no advogado Frederick Wassef, na operação que tem como alvo a investigação da tentativa de comercialização ilícita de presentes oferecidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por delegações estrangeiras.
Wassef - conhecido por estar à frente da defesa da família Bolsonaro e por ter abrigado Fabrício Queiroz, amigo do ex-presidente sob investigação no caso das rachadinhas - teria desempenhado um papel central no esquema de venda irregular dos itens, de acordo com informações de uma fonte da PF.
Esta operação recebeu autorização direta do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que visa desvendar atividades de milícias digitais. As buscas e apreensões ocorrem em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ).
Porém, as equipes do Setor de Inteligência da Polícia Federal (SIP) não conseguiram localizar Wassef, apesar de terem buscado em suas residências no Morumbi, em São Paulo, e em Atibaia.
A busca pelo advogado está sob a supervisão de uma equipe do Grupo de Pronta Intervenção (GDI), uma unidade tática da PF. Isso ocorre porque os investigadores identificaram a posse de um arsenal por parte de Wassef, inclusive um fuzil.
A PF está considerando a possibilidade de solicitar um mandado de busca para o apartamento da ex-esposa de Wassef, localizado nos Jardins, em São Paulo. Entretanto, há uma certa incerteza sobre a eficácia dessa medida, dado que os agentes já têm conhecimento de que o advogado não se encontra nesse endereço.
Embora as diligências sejam consideradas cumpridas, elas foram prejudicadas pela impossibilidade de localizar o advogado e obter acesso ao seu celular, um elemento crucial para o avanço das investigações.
Mauro César Lourena Cid
Além de Wassef, a operação também tem como alvo o pai de Mauro Cid, o general do Exército Mauro César Lourena Cid, que compartilhou vivências acadêmicas com Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) durante a década de 1970. Durante a gestão Bolsonaro, o militar ocupou um cargo federal em Miami vinculado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
As investigações indicam que o general era o principal intermediário para as negociações de joias e outros bens nos Estados Unidos, sendo que os valores eram inclusive direcionados para sua conta bancária.
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