A Justiça Federal de Guarulhos atendeu ao pedido do Ministério Público Federal (MPF) e decidiu encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma investigação sobre a entrada irregular de joias no Brasil por uma comitiva do governo Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada nesta terça-feira, 15 de agosto. Por meio de sorteio, o ministro Alexandre de Moraes vai atuar como relator no caso da joias, que envolvem o ex-presidente Bolsonaro e o seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid.
O MPF informou que parte do inquérito estava em tramitação em Guarulhos, onde a apreensão de joias sauditas ocorreu no aeroporto da cidade, quando uma comitiva do Ministério de Minas e Energia tentou ingressar no Brasil sem passar pela Receita Federal.
Em 4 de março, o Fisco acionou o MPF alegando que o governo não havia seguido os procedimentos necessários para encaminhar as peças ao patrimônio da União. Aora, com a decisão da Justiça Federal, a investigação será transferida para o Supremo Tribunal Federal, que continuará a conduzir o inquérito.
Na última sexta-feira (11 de agosto), a Polícia Federal conduziu buscas em endereços associados ao General Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. As buscas fazem parte de uma investigação relacionada a uma suposta tentativa de venda de presentes no exterior.