O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do ex-presidente Bolsonaro, Anderson Torres, encontra-se preso desde o dia 14 de janeiro devido às investigações sobre atos golpistas. Agora, além dos problemas decorrentes da detenção, terá que lidar com outras questões.
Segundo o colunista do jornal "O Globo", Lauro Jardim, a Polícia Federal instaurou um processo administrativo que provavelmente culminará na suspensão do salário que Anderson ainda recebe como delegado da PF, o qual chega a R$ 30 mil por mês. Além disso, ele será expulso da corporação.
Vale ressaltar que, na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu manter Torres preso no batalhão da Polícia Militar, onde ele já está há cerca de cinco meses. No entanto, autorizou a visita de cinco senadores ao ex-ministro. Outros 10 parlamentares planejam encontrá-lo neste domingo.
Moraes vetou a visita dos senadores Marcos do Val e Flávio Bolsonaro, com base na conexão dos fatos apurados no Inquérito com investigações. Ele também proibiu o acesso de celulares, máquinas fotográficas, computadores e qualquer outro aparelho eletrônico. Eles também estão impedidos de levar mensagens de terceiros para Anderson Torres.
Durante esta semana, a defesa pediu ao Supremo Tribunal Federal a liberdade de Anderson Torres, trazendo no recurso, o laudo produzido por uma médica psiquiatra da rede pública do Distrito Federal a favor de prisão domiciliar. De acordo com a médica, Torres está apresentando crises de ansiedade, angústia, sensação de falta de ar, tristeza profunda, com choros intensos e ininterruptos.