Nesta sexta-feira (6), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou a ministros no Planalto que foi vítima de assédio sexual por parte do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Na quinta-feira (5), ele foi denunciado à organização Me Too Brasil, que apoia vítimas de violência sexual. A informação foi confirmada pela Coluna do Guilherme Amado, do Metrópoles.
O QUE SE SABE?
Silvio Almeida foi denunciado ao Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. Os episódios de assédio à Anielle ocorreram em 2023 e incluíam toque nas pernas da ministra, beijos inapropriados ao cumprimentá-la, além de o próprio Silvio Almeida, supostamente, ter dito a ela expressões chulas, com conteúdo sexual.
DEMISSÃO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira (6) sobre as denúncias de assédio atribuídas a Silvio Almeida. O executivo quer que o ministro peça demissão do cargo para não comprometer a política de direitos humanos ou tornar do governo uma crise.
"O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender", disse Lula à Rádio Difusora, de Goiânia (GO).
DEPOIMENTO DE ANIELLE
Participaram da reunião o CGU (controlador-geral da União), Vinicius Carvalho, o AGU (advogado-geral da União), Jorge Messias, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck. O grupo aguarda a chegada do presidente Lula (PT), que estava em Goiânia, e a expectativa é que todos estejam na conversa sobre o caso mais tarde.