O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) comemorou 80 anos neste sábado com festa para 800 pessoas, realizada na Sala São Paulo, na região central da capital paulista. O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), e o prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP) marcaram presença e posaram para fotógrafos ao lado do aniversariante. Além de um coquetel com cardápio e champanhe franceses, Maluf foi homenageado com um concerto do pianista Arnaldo Cohen acompanhado da Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp).
Em passagem pela cidade, Michel Temer disse que o político "sempre ocupa um lugar de proa" e, por isso, aceitou o convite para a festa. "Estando em São Paulo hoje, diante do convite, vim prestigiá-lo. Nós nos conhecemos há muito tempo. Estou na vida pública desde 83 e acho que desde aquela época eu já o conheço. Ele sempre ocupa um lugar de proa, de prestígio. Tem esta capacidade de adaptação e, portanto, sempre muito presente na vida pública", afirmou o vice-presidente.
Já o governador Geraldo Alckmin, acompanhado da primeira-dama do Estado, Lu Alckmin, brincou afirmando que foi à festa para buscar a "fórmula" de Maluf. "Uma vez eu visitei o Paulo Maluf quando ele era prefeito de São Paulo. Eu era vice-governador do Mário Covas e fui almoçar com o prefeito Maluf lá no Parque Dom Pedro. Ele tirou uma caixinha e disse: "olha, isso aqui é alho, faz bem para tal coisa", tinha várias pílulas. Eu como médico, muito cético, não dei muita importância. Hoje voltei para pedir a fórmula", afirmou, em referência à vitalidade do político veterano.
Fundador do PSD, partido que ainda aguarda confirmação de registro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), despistou ao ser indagado sobre um possível apoio do partido de Maluf, o PP. "As alianças vão ser definidas pelas alianças partidárias. Toda aliança sempre ela pode ampliar, e é sempre saudável que seja ampliada. Não é hora de falar em apoio, hoje é dia de cumprimentá-lo pelo aniversário. (Maluf) já foi prefeito da cidade de São Paulo por duas vezes. E aqui venho trazer o meu abraço", disse Kassab.
Diante de Alckmin, Maluf desfiou elogios ao governador paulista e descartou planos de aposentadoria da vida pública. "Quero continuar trabalhando pela cidade de São Paulo, pelo Estado, pelo País (...). Enquanto Deus me der saúde, e está me dando, eu vou continuar trabalhando. Só Deus vai me aposentar. (Vou trabalhar) enquanto Deus for generoso com a gente e der oportunidade para a gente servir...".
Antes do concerto de piano de Arnaldo Cohen e Orquestra Sinfônica de São Paulo (Osesp), Maluf cumprimentou os convidados que fizeram fila para o beija-mão, ao lado de sua mulher Sylvia Maluf. Em vez de presentes, ele pediu aos convidados que fizessem doações em cheques que serão repassados para a Santa Casa de Misericórdia, segundo informou a assessoria de imprensa do político.
Na saída do evento, que terminou por volta das 22h40, os convidados receberam como cortesia o livro Ele - Maluf, Trajetória da Audácia, um depoimento ao jonalista Tão Gomes Pinto.
Cardápio francês
O coquetel em comemoração aos 80 anos de Paulo Maluf, de origem libanesa, teve cardápio francês. Foram servidos canapés de salmão gravlax e defumado, com blinis e ovas, patê de foie gras com coli de framboesa e brioches, carpaccio com tapénade e pinholes, ouricinho de queijo ementhal, spring roll de bacalhau, filo de queijo feta com abobrinha e hortelã, cestinhas de haddock defumado e risoto de morilles sob finas lâminas de vitela. O buffet L"Epicerie também ofereceu água, refrigerantes e champanhe francesa Taittinger. A organização do evento não soube informar os gastos com a festa.