Anvisa nega divulgação de dados falsos sobre a vacina Sputnik

A Agência informou que está disponível para receber os dados que os desenvolvedores ainda não enviaram.

Anvisa negou que tenha transmitido informações falsas | Marcelo Camargo
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), divulgou na quinta-feira (29), um comunicado negando que tenha divulgado dados falsos sobre a vacina contra Covid-19 Sputinik V, quando rejeitou, por unanimidade, a importação excepcional da Rússia do imunizante, solicitada pelos governadores do Norte e Nordeste.

"A Anvisa esclarece que, primando pela máxima transparência, divulgou as apresentações completas que as áreas técnicas da Agência fizeram sobre a vacina Sputnik V durante a reunião extraordinária da Diretoria Colegiada (Dicol) realizada na última segunda-feira, 26/4", diz a nota da Anvisa. 

A Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), capitaneada pelo gerente Gustavo Mendes, apresentou o  parecer técnico sobre as características físicas, químicas e biológicas da vacina. 

Por sua vez, a Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, conduzida pela servidora Ana Carolina Moreira Marino, avaliou se as condições de fabricação demonstram que os produtos são consistentemente produzidos e controlados e se a fabricante é capaz de minimizar os riscos inerentes a qualquer produção farmacêutica. 

Anvisa negou que tenha transmitido informações falsas (Foto: Marcelo Camargo)

Noutro âmbito, a Anvisa aponta que a Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, sob responsabilidade da gerente Suzie Marie Gomes, abordou os aspectos de segurança da Sputnik V. 

"Os pareceres das áreas especializadas da Anvisa embasaram os votos dos diretores que analisaram os pedidos de autorização excepcional para importação e distribuição da vacina Sputnik V", diz a nota da Anvisa.

O diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse que  refuta a acusação feita pelos desenvolvedores da vacina Sputnik V de que a agência fez afirmações falsas sobre a presença de adenovírus replicantes na vacina. 

O Fundo Russo Soberano e o Laboratório Lamaleya, desenvolvedores da vacina Sputinik V, anunciaram  que irão processar a Anvisa por calúnias.

Torres falou que a Anvisa apontou o problema com base em documento enviados pelos próprios desenvolvedores. Durante a apresentação, a Anvisa mostrou um trecho de vídeo de uma reunião com representantes do laboratório que mostra que o tema foi tratado em encontro de forma aberta com os pesquisadores russos.

A  Anvisa informou que está  disponível para receber os dados que os desenvolvedores ainda não enviaram sobre a vacina, inclusive o relatório técnico que detalha os dados que levaram a Rússia a aprovar a utilização emergencial da vacina.

A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e se tornou a primeira a ser autorizada para uso emergencial no mundo, em agosto de 2020, antes mesmo do fim dos testes clínicos.

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