Após dois meses de tentativas, CNJ intima Sergio Moro por 'gestão caótica' de recursos

A intimação se deu em decorrência da representação disciplinar instaurada em setembro pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.

Senador Sergio Moro foi intimado a depor pelo CNJ | Lula Marques
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou a intimação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz sob suspeita, em decorrência da representação disciplinar instaurada em setembro pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. Os detalhes da intimação foram revelados neste domingo (3), pelo jornal O Globo.

O oficial de Justiça recorreu à "intimação por hora certa" como último recurso, agendando o procedimento. Conforme relatado na coluna de Lauro Jardim, Moro está entre os investigados por uma suposta "gestão caótica" dos recursos provenientes de acordos de delação e leniência durante a Operação Lava-Jato.

Em 23 de novembro, Moro foi mencionado no mandado de intimação, afirmando que o "corregedor do CNJ não tem jurisdição sobre pessoas não vinculadas ao Judiciário, (sic), com vínculo atual". Em resposta, Salomão destacou que "quem se exonera da magistratura permanece responsável pelos atos praticados no exercício da função, podendo tornar-se inelegível ou até ter o mandato cassado".

A correição conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba reiterou a existência de uma "gestão caótica" relacionada ao controle dos recursos provenientes de acordos de delação premiada e leniência firmados pela Operação Lava Jato.

De acordo com informações divulgadas em novembro pelo colunista do O Globo, Lauro Jardim, não há um inventário que demonstre a localização de todos os itens apreendidos, incluindo obras de arte, e foi impossível identificar diversos bens e recursos, incluindo aqueles confiscados no exterior.

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