Após fugas, Lewandowski anuncia muralhas e reconhecimento facial em prisões federais

Lewandowski classificou a fuga como um “episódio fortuito”. Ele atribuiu o caso a uma reforma que está sendo feita no presídio.

Lewandowski anuncia muralhas e reconhecimento facial em prisões | Reprodução
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O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, comunicou nesta quinta-feira (15) uma série de iniciativas destinadas a fortalecer a segurança em cinco presídios federais. As medidas incluem a ampliação do sistema de alarmes, o reforço do contingente de agentes de segurança, o aprimoramento do sistema de entradas nas instalações prisionais com a implementação de reconhecimento facial e a construção de muralhas.

O ministro deu uma entrevista coletiva sobre a fuga de dois presos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN), ocorrida na noite de terça (13). Para o ministro, os fugitivos ainda devem estar na região da cadeia, porque as imagens de vídeo não mostraram nenhum veículo fazendo o resgate.

Lewandowski classificou a fuga como um "episódio fortuito". Ele atribuiu o caso a uma reforma que está sendo feita no presídio.

"Os presídios federais são absolutamente seguros. Todos podem continuar confiando nesse sistema", ressaltou o ministro.

Na entrevista, Lewandowski listou alguns fatores que podem ter contribuído para a fuga dos dois presos. O ministro relatou que havia uma reforma sendo executada no presídio e que as ferramentas não foram armazenadas de forma correta, o que as deixou mais disponíveis aos presos.

"É como uma queda de avião, quando cai, não é uma causa única. Primeiro que a fuga ocorreu numa terça-feira de carnaval, onde as pessoas estão mais relaxadas, outro fator que contribuiu pra isso é que o presídio estava passando por uma reforma interna e, então, havia operários lá dentro e, infelizmente as informações que temos, é que as não estavam [ferramentas] aprisionadas de forma correta, estavam espalhadas", afirmou o ministro.

Lewandowski também listou ações tomadas desde a quarta (14) pela pasta após a fuga. Ele listou, por exemplo, o afastamento da direção do presídio. 

 O ministro citou as seguintes medidas: 

   

  1. Ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró. Ele estará acompanhado de uma equipe de seis servidores. O objetivo é investigar no local as causas da fuga e avaliar quais ações administrativas podem ser tomadas.
  2. Abertura de investigações por parte da Polícia Federal. Envio de uma equipe de peritos da corporação ao local, para apurar responsabilidades e atuar na recaptura dos dois fugitivos.
  3. Atuação das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, que unem as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colabor com a busca pelos presos.
  4. Determinação para que a Polícia Federal inclua os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol. Também ordenou a inclusão dos nomes no Sistema de Proteção de Fronteiras. O objetivo é que as buscas possam ser feitas também pela comunidade policial internacional.
  5. Acionamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para monitoramento das rodovias em busca dos fugitivos.
  6. Revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.

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