Após o indiciamento de Jair Bolsonaro por crimes como organização criminosa e tentativa de golpe, membros do PL responsabilizaram o senador Marcos Pontes (PL-SP) pelo uso do Instituto Voto Legal (IVL) na contestação do resultado das eleições de 2022. Pontes indicou o IVL ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, como consultor para verificar as urnas. A Polícia Federal informou que o relatório do instituto apresentou suspeitas infundadas, apesar de constatar a confiabilidade dos equipamentos.
multa de R$ 22,9 milhões
O relatório do IVL embasou a ação do PL no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que buscava votos anulados em urnas de modelos antigos. Essa tentativa resultou em uma multa de R$ 22,9 milhões ao partido por litigância de má-fé. Valdemar alegou em depoimento à PF que foi baseado no núcleo político do partido e no próprio Bolsonaro para entrar com a ação. O serviço do IVL custou R$ 1 milhão e foi pago com recursos do partido.
Pontes confirmou ter indicado o engenheiro Carlos Rocha, líder do IVL, mas afirmou não ter acompanhado o trabalho do instituto. O senador disse que, como ministro de Ciência e Tecnologia, foi consultado por Valdemar sobre profissionais com conhecimento técnico das urnas e que acabou de apresentar o contato de Rocha, ex-colega do ITA. Segundo ele, sua participação se cercou com essa indicação.
A PF concluiu que as hipóteses de fraude apresentadas no relatório do IVL eram baseadas em teorias sem embasamento científico, muitas oriundas de redes sociais. O documento foi considerado o “último ato oficial” do grupo que buscava impedir a posse de Lula, sendo utilizado como peça-chave na trama golpista investigada. O engenheiro Carlos Rocha também foi indiciado no caso.
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