Após prisão de Braga Netto, senador admite plano golpista 'sem pé nem cabeça'

Hamilton Mourão explicou que, embora tenha ocorrido discussão entre uma ala das Forças Armadas, não houve ação concreta e as conversas se limitaram a “WhatsApp” e “ações táticas”

Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro | Ueslei Marcelino/Reuters
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O ex-vice-presidente da República e agora senador, general Hamilton Mourão (Republicanos), admitiu em entrevista nesta segunda-feira (16) que houve tentativas de um golpe no governo Jair Bolsonaro, com o objetivo de impedir a posse de Lula em 2023. Mourão explicou que, embora tenha ocorrido discussão entre uma ala das Forças Armadas, não houve ação concreta e as conversas se limitaram a “WhatsApp” e “ações táticas” sem ação efetiva.

Mourão desqualificou a ideia de que o golpe fosse viável, afirmando que para um golpe ser bem sucedido seria necessária a adesão do Alto Comando do Exército, o que não ocorreu. Ele chamou o plano de “troço sem pé nem cabeça”, destacando a falta de um objetivo claro e de um plano estruturado. Comparou a tentativa de golpe com outros episódios ao redor do mundo, dizendo que “golpe é como você viu aí na Síria, na Venezuela, na Turquia, com tropa nas ruas e tiros”, distantes da realidade brasileira.

O ex-vice-presidente também se manifestou sobre uma investigação da Polícia Federal que revelou a trama para assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Mourão atualmente a investigação “fora de contexto” e “surreal”, destacando a falta de consistência e a improbabilidade de um grupo pequeno conseguir executar tal plano.

prisão de Braga Netto

Em relação à prisão do general Walter Braga Netto, Mourão afirmou que a ação atropelou a lei, considerando que o ex-ministro da Defesa não representava risco iminente. Além disso, o ex-vice-presidente ressaltou que a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 foi resultado de erros internos e da falta de comunicação adequada sobre questões técnicas, especialmente em relação à pandemia.

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