Após rombo de R$ 400 bi, Tebet prevê déficit bilionário e corte de custos

Ministra do Planejamento garantiu que o Poder Executivo está tomando medidas para cortar os gastos públicos

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, informou nesta quinta-feira, 23, que o déficit nas contas do governo federal deve ficar em torno de R$ 120 bilhões neste ano. A estimativa é superior a que foi anunciada ontem pela área econômica do Poder Executivo, em aproximadamente R$ 110 bilhões. 

O déficit primário considera que as despesas ficarão acima das receitas, mesmo antes do pagamento de juros da dívida pública.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (Diogo Zacarias/MF/Divulgação)

De acordo com a ministra, o relatório divulgado ontem pela área econômica não considerava, ainda, o reajuste do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320, previsto para acontecer a partir de maio deste ano. O valor já foi confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Corte de gastos

A ministra do Planejamento também afirmou que o governo vai cortar despesas – algo pedido por analistas para possibilitar um corte de juros mais rápido por parte do Banco Central.

Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano. É o maior patamar, em termos reais, do planeta. No maior nível, também, em mais de seis anos.

"Mas isso nós vamos fazer", disse Tebet, ao ser questionada por jornalistas se haverá corte de gastos.

Henrique Meireles diz que rombo é maior: "R$ 400 bilhões"

O goiano e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (União Brasil) afirma que o rombo orçamentário brasileiro é quase três vezes o valor que o atual governo calcula. “Na minha avaliação, esse rombo está muito mais próximo de R$ 400 bilhões, como estimam entidades independentes, do que dos R$ 150 bi que o atual governo está calculando”, escreveu no Twitter.

De acordo com Meirelles, enfrentar e avaliar esse “rombo” será a primeira missão do País, em 2023. “Para lidar com essas despesas sem penalizar a população mais pobre, dependente de benefícios previdenciários e do salário mínimo, será essencial criar excepcionalidades na regra fiscal atual”, argumenta.

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