A aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff registrou recuperação ao subir seis pontos percentuais e atingir 36%, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (10) pelo jornal "Folha de S.Paulo".
O número de eleitores que consideram o governo bom ou ótimo passou de 30% no levantamento anterior, feito no fim de junho e após os protestos que se espalharam pelo país, para 36% no atual, realizado entre os dias 7 e 9 de agosto.
Para a pesquisa atual, o Datafolha ouviu 2.615 pessoas em 160 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Em março, o índice de aprovação do governo atingiu o melhor desempenho, 65%.
No começo de junho, antes dos protestos que pediram melhores condições de vida e o fim da corrupção, a presidente tinha 57%. Em levantamento feito no fim do mesmo mês perdeu quase trinta pontos percentuais e chegou a 30%, a maior queda de popularidade registrada pelo Datafolha desde o início da gestão Dilma.
O levantamento realizado nesta semana mostra ainda que o percentual que considera o governo como regular passou de 43% para 42%, dentro da margem de erro. Foi de 25% para 22% o total de pessoas que considerou a gestão como ruim ou péssima.
A nota média data à presidente foi de 6,1. No levantamento anterior havia sido 5,8. Em abril do ano passado, chegou a 7,5.
Regiões, renda e escolaridade
Considerando as regiões do país, a maior recuperação em relação à última pesquisa foi no Norte/Centro Oeste, onde, no levantamento anterior, 29% consideraram o governo ótimo ou bom. No atual, o percentual passou para 40%. A presidente, porém, tinha 58% de aprovação nas duas regiões antes dos protestos.
o Sudeste, a aprovação passou de 30% para 32%. No Sul, de 30% para 33%. No Nordeste, de 40% para 43%.
A melhor avaliação registrada no levantamento divulgado neste sábado é entre pessoas que ganham até dois salários mínimos. Nessa faixa, 41% consideram o governo ótimo ou bom. Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, a aprovação é de 29%.
Em relação à escolaridade, 42% dos que têm ensino fundamental aprovam o governo. Entre aqueles com ensino superior, a aprovação é de 28%.